Promessa é dívida e, após receber a camiseta da Losermania, eu prometi dar uma segunda chance para Glee e cumpri – e foi difícil, compromisso na quarta me fez perder a exibição, no fim de semana esqueci, santo Paul para me ajudar.
Bom, algumas coisas que me incomodaram no primeiro episódio ainda permaneceram inalteradas – principalmente no que refere-se aos alunos, cujas falas me parecem forçadas demais – mas o segundo episódio foi muito mais empolgante.
Algumas cenas foram muito inteligentes: como quando Rachel se mostra decepcionada por não conseguir vomitar e falha em ter bulimia; ou quando Ken faz um discurso falando sobre Emma também não ser grande coisa, apesar de minha total decepção quanto ao fato dela aceitar sair com ele; e todos os momentos entre Will e Emma, é chato ser tão óbvio que os dois pertençam um ao outro, mas de tão óbvio fica charmoso.
Do outro lado temos a lunática e insuportável esposa de Will – o que foi aquele brunch de domingo, santo Deus? – e seus sonhos que ela quer que sejam os dele? Se eu reclamo do exagero em relação aos alunos, nada mais real do que uma situação como essa, aonde uma pessoa não consegue enxergar nada além dela mesma.
Só tenho medo de que Will e Emma se tornem mais um daqueles casais que nunca ficam juntos para não acabar com a química e acabam por nos deixar deprimidos. A esperança de que isso não aconteça vem da rápida conexão entre Rachel e Finn. Ou alguém esperava por aquele beijo?
Outra ótima sacada: o clube de abstinência. Sim, é forçado o discurso de Rachel, até irreal, mas usá-lo para que o pessoal tenha aquele clique quanto ao número musical a ser apresentado foi ótimo. Além disso, o discurso foi irreal, mas as dúvidas de adolescência quanto ao sexo não são.
É preciso olhar com cuidado para enxergar as pequenas críticas ao status quo, as pequenas pistas de dramas maiores – como Rachel pedindo para ficar no auditório ou Finn confuso com que ele é – que certas vezes passam despercebidas quando o objetivo é fazer comédia.
Agora, você assiste Glee esperando pelos números musicais? Se for verdade, então esse foi um episódio realmente superior ao primeiro. Nem tanto pelo número apresentado para a assembléia, que foi ótimo, mas por vermos Will ensinando aos garotos em cima de uma música moderna – e a cena só foi favorecida pela edição que misturou o número musical às cenas da maluca de sua esposa.
No final das contas, mesmo que eu não tivesse gostado de mais nada, só de ver Jane Lynch na tela eu me dou por feliz – ainda mais quando ela diz “não dou a mínima”.
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Si, acho que eu gosto da maluca da esposa. Mas isso é fácil de explicar, porque sempre acabo gostando de personagens que todo mundo odeia, fala mal e maltrata. Adoro um caso de injustiça, rsrs. Adoro a composição da atriz, que mistura a total falta de noção da mulher com uma espécie de desespero, que me faz sentir pena dela.