Logo após ao final deste episódio meu marido falou algo que talvez seja a melhor tradução desta temporada para Criminal Minds: os episódios estão mais negros e densos que os das temporadas anteriores. Nem sempre isso conta a favor do episódio, em Omnivore, por exemplo, sentimos a velocidade ser acelerada exponencialmente ao longo de episódio, como se os roteiristas sentissem que não conseguiriam contar tudo que queriam naquele curto espaço de tempo.
Apesar deste pequeno erro, que nos incomoda um pouco quando avaliamos que um homem que matou muitas pessoas no passado passou anos sem ser incomodado e de repente é preso tão rapidamente quando volta a matar, o episódio agrada a quem gosta de segredos sobre a personalidade do desconhecido e para quem gosta de um belo trabalho em equipe – com direito até a piadinhas sobre a partida de Gideon.
Talvez outro defeito a ser comentado é o perfil de vítima que Morgan, comumente o que mais apanha, toma para si ao final do episódio: nada poderia combinar menos com sua personalidade. E aí eu também reclamo da pouca participação de Garcia, simplesmente porque um sempre me lembra do outro.
Agora, falando do vilão – eu sempre adoro um bom vilão, já perceberam? – temos que reconhecer que, mais uma vez, os roteiristas conseguiram criar uma ótima trama ao colocar uma das vítimas como o culpado pelas mortes. Até o momento em que Hotch tem o estalo sobre a personalidade do assassino eu estava pronta para mandar o tal jornalista e escrito direto para a cadeira elétrica.
O fato do assassino ser pego não significou sua prisão: mais um final aberto. Algo também pouco utilizado nas temporadas passadas. E, dessa vez, o assassino partiu com o distintivo de Derek e, como ele provou no passado, é um especialista em desaparecer sem deixar pistas. Algo que pode ser muito mais explorado no futuro.
Pena que, quando isso acontecer, eu provavelmente não lembrei muitos detalhes deste episódio.