Foi na Noite Rosa em que ouvi pela primeira vez alguém falar sobre a Mamografia Digital – foi a querida @charo que falou sobre o assunto. E eu nem fazia idéia de que isso existe, quanto mais de que as diferenças em relação à mamografia analógica fossem tão grandes. Você sabia que existia diferença?
Não existe dúvida de que a mamografia é o melhor método de detecção precoce do câncer de mama. Mesmo a mamografia analógica permite identificar a presença do cancêr de mama até dois anos antes dele adquirir um tamanho que o torne palpável ao auto-exame. A questão é que a tecnologia sempre deve ser usada a favor do paciente e é aí que entra em cena a mamografia digital.
A mamografia analógica melhorou muito desde sua criação, porém ainda hoje ela não detecta todos os tipos de cânceres, ainda apresenta erros que resultam em falso-negativos e falso-positivos e, muitas vezes, obriga a paciente a repetir o exame por problemas no momento da captação ou da impressão da imagem.
A mamografia digital usa computadores e detectores desenhados especificamente para obter uma imagem digital da mama que poderá ser ampliada, clareada ou escurecida em monitores de alta resolução e, com isso, facilitar a identificação de anormalidades. Sua principal vantagem está em ser mais eficaz para identificar o câncer em mamas densas, já que possue uma faixa de contraste mais ampla que a mamografia convencional.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a iniciar o uso da mamografia digital, isso em julho de 2000, no Recife, apenas cinco meses após seu uso ser aprovado pela FDA, nos Estados Unidos. Segundo a Dra. Norma Maranhão, pioneira na utilização da nova tecnologia em nosso país, a experiência tem sido um aprendizado dos mais profícuos, facilitando a caracterização das lesões mamárias e melhorando as condições de atendimento às mulheres.
Vejam só a diferença: o foco passa de nódulos de 0,6 mm para 0,3 mm e, com a ampliação, é possível levar o foco para 0,1 mm. Apesar disso, como seu uso ainda é muito menor que o de aparelhos convencionais, muitos questionam essa melhora, usando isso como justificativa para não comprar nodos equipamentos.
É claro que o custo de um novo equipamento é de quatro a cinco vezes maior que o do equipamento convencional, o que leva hospitais a questionarem o investimento e, pior, levam convênios a evitarem a cobertura para este tipo de exame.
Não obstante ser ainda precoce e com pequeno número de mulheres (200), há um recente trabalho na literatura, do University Hospital Tübingen, na Alemanha, demonstrando detecção melhor, estatisticamente significante, para microcalcificações e em relação à qualidade da imagem, para a mamografia digital em relação à analógica.
Por este motivo, se você puder, sempre prefira o método mais moderno. Faça valer o seu direito, é da sua saúde e da sua vida de que estão falando.
Com informações de: Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Jornal da Ciência, Câncer de Mama.com.br e Radiologia Clínica de Campinas.
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Pelo segundo ano a terça-feira foi o dia escolhido para falarmos sobre o câncer de mama ao longo de todo o mês. Se fizer seu texto não esqueça de colocar um link para o post de Samatha Shiraishi sobre a blogagem coletiva e cole o selo da camapanha em seu blog ou em seu post. Você ainda concorre a exemplares do Força Na Peruca.
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O unico problema é que as placas de fosforo são menos sensiveis que os filmes. Portanto a dose de raio-x tem que ser maior pra obter boa imagem. Em equipamentos que eu trabalho, esse aumento chega a ser de 70%.