Antes que nos lancemos às especulações sobre o futuro do livro digital é preciso fazer um exercício que se tornou clássico. Esse exercício analisa o livro comum impresso em papel do ponto de vista do mais exigente usuário do universo. Ele diria que se trata de um produto que funciona sem bateria, dispensa o manual do usuário, suporta quedas, é barato e pode ser substituído a um custo mínimo. É, portanto, uma invenção tecnologicamente perfeita.
Comecinho da reportagem de capa da última Veja (Para assinantes) falando sobre o Kindle. Enquanto o leitor eletrônico se mantiver na casa dos mais de mil reais eu fico com o modelo “antigo” mesmo. Têm atendido às minhas expectativas.
E, como diria o proprietário e idealizador da Livraria Cultura, Pedro Herz: “Numa pesquisa informal, nossos clientes disseram que não trocariam o cheiro dos livros de papel por um leitor eletrônico. Só não sei como vão se comportar no futuro os bebês que estão saindo da maternidade”.