Dia Mundial da Artrite Reumatóide

artrite reumatóide

Sim, hoje é Dia das Crianças, mas, para mim, também é dia de falar sobre a Artrite Reumatóide, também conhecida como reumatismo.

Há pouco mais de um ano comecei a sentir dores em diferentes lugares de meus membros superiores: às vezes pegava um dedo, às vezes a mão inteira, às vezes o cotovelo ou o ombro. Às vezes era apenas uma dorzinha chata que incomodava ao longo do dia. Às vezes uma dor incapacitante, que me impedia de escrever, abrir latas, carregar minha filha no colo ou mesmo me vestir – daí vocês podem entender meus sumiços eventuais do blog.

Com apenas 32 anos de idade fui a um ortopedista, e depois outro, mais caro e mais exclusivo. Passei por uma bateria de exames, inclusive um indicado para casos de Fibromialgia extremamente dolorido que consistia em dar pequenos choques em meus nervos a fim de identificar se eles funcionavam bem. Sim, eles funcionavam  o exame doeu bastante por causa disso.

A acupuntura ajudou bastante, mas sempre direcionada aos pontos aonde eu sentia a dor e não à sua causa.

Criei coragem e encarei o consultório de um reumatologista – sim, um daqueles aonde a gente acha que só irá quando estiver bem velhinha e que tem “cheirinho de mofo”.

Na época escutei algumas pessoas que associavam o mesmo tipo de dor que sentia ao reumatismo, mas o exame de sangue não teve resultado positivo e meu médico optou por me tratar com fitoterápicos, além de manter as sessões de acupuntura.

Com o tempo os episódios de crise foram se espaçando até que, finalmente, desapareceram. Nem ao menos retornei ao médico após a melhora. Até dois meses atrás.

As crises voltaram mais fortes, algumas me impedindo por dias que eu consiga digitar uma linha sequer – hoje, por exemplo, após dar uns dias sem escrever por aqui ou no Só Seriados de TV a fim de descansar, amanheci com uma crise na mão direita, e estou digitando sem usar meu dedo indicador.

O retorno ao médico, após a bronca pelo sumiço de mais de um ano, permitiu identificar, atavés de exame clínico, que as articulações dos dedos já apresentam alterações e o exame de sangue já demonstrou que o fator reumatóide, indicador da presença da doença, se encontra bastante elevado.

E você aí achando que artrite é doença de velho, não é? A não ser que você ache que alguém aos 33 anos esteja velho – e aí precisa rever seus conceitos – eu sou apenas mais um exemplo de que artrite não é doença de velho e quanto antes diagnosticada melhor. No meu caso isso pode garantir que eu faça um tratamento que evite que as “calcificações” (não tenho certeza de que esse é o melhor termo para isso) venham a deformar minhas mãos e de que eu venha a precisar de medicamentos à base de corticóides.

E o diagnóstico precoce é importante. Não só pelos motivos acima, mas porque, ao contrário do que muitos acreditam, a artrite reumatóide pode afetar a coluna lombar ou mesmo os pulmões, o coração  e os olhos.

É uma doença autoimune, ou seja, o organismo se confunde e passa a tratar as articulações como inimigos, agindo no local e causando a inflamação. No local da crise é normal perceber vermelhidão, aumento da temperatura e inchaço, além da dor.

Se você já apresentou alguns desses sintomas ou conhece alguém em situação similar é importante procurar um médico o quanto antes.

Para mais informações acesse o blog do Dia Mundial da Artrite Reumatóide, lá encontrará informações sobre sintomas, diagnóstico, tratamento e centros de apoio ao doente.

Divulgue esta causa.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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