*Para quem perdeu o episódio, a Warner irá reapresentá-lo hoje, às 22h00, antes da exibição do último episódio da temporada.
Eu nunca reclamei de Fringe. A despeito de comentários e comparações eu gostei do seriado desde o início, mesmo consciente de que ele poderia entregar uma ou outra história melhor desenhada ou pudesse ter deixado de lado o exagero em alguns momentos.
Já na reta final desta primeira temporada os roteiristas parecem ter realmente acertado a mão e eu não tenho motivos para reclamar. Em The Road Not Taken foi assim, gostei do episódio do começo ao fim e fiquei curiosíssima com o que ainda vem pela frente.
Não bastasse os roteiristas terem citado Stephen King – quem diria que ele tinha cunhado o termo para pirocinese – pudemos começar a vislumbrar a existência de uma realidade paralela – ou muitas – diferente em função de nossas escolhas. Tema de outros filmes, eu particularmente acho interessante pensar na existência de um eu alternativo, que, em algum momento escolheu algo diferente do que escolhi aqui.
Agora, apesar de todos os elogios, se a gente for bem chato ainda arruma algo para pegar no pé: a calma com que Olivia lida com as visões trocadas ou depois a sua simpatia ao brincar com Broyles em sua sala – que não era sua sala. Nestes dois momentos você praticamente não reconhece Olivia… E pode até pensar que ela realmente enlouqueceu.
Surpresa da noite: o careca Harris fazia parte do time do mal. Eu não gostava dele, eu o achava empolado demais, mas eu não via isso chegando. Se a surpresa com esse desfecho foi grande, vê-lo explodir foi um prazer indescritível.
Dúvidas da noite: Willian Bell é mocinho ou bandido? Desde quando Broyles e Nina sabem da existência do Observador? Para onde o Observador levou Walter? Será que alguém vai olhar no meio dos discos para encontrar o manifesto original?
Momento aflitivo da noite: Olivia confrontando Walter. Eu praticamente pude sentir a tristeza de Walter por não lembrar do que ele e Bell realmente realizaram com aquelas crianças. Fiquei até com raiva de Olivia por tratá-lo com aquela violência, por mais que eu entenda o desespero dela.
Porque, vamos lembrar, ela já viu duas pessoas que foram alvo dos testes, assim como ela, passarem por experiências nem um pouco agradáveis, uma delas morrendo por “combustão espontânea”.