Eu havia elogiado bastante o episódio anterior e também sou só elogios para este. A abertura não foi nojenta, mas bastante significativa. Não ver a criatura que causa as mortes para, em seguida, vermos Olivia contar uma história de monstros para sua sobrinha. Eu já imaginava o que estaria por vir, apesar de a execução no seriado acabar me surpreendendo.
E o interessante foi vermos pelo menos um pouco do quanto tanta loucura afeta a vida dos três personagens principais desta história. Não existe uma forma de se manter indiferente ao que eles vêem, por mais que, algumas vezes, eles ajam como se nada demais acontecesse em cada caso.
Apesar de um começo longe de ser nojento, este foi o episódio mais próximo de um filme de terror. Eu ficava ansiosa para ver a criatura, enquanto pulava do sofá cada vez que eu achava que isso aconteceria.
Mais uma vez o destaque vai para Walter. Não tem como. É delicioso ver o personagem perdido entre o fascínio pelo que a ciência pode criar e o terror por causa de suas conseqüências. Isso fica muito claro quando ele descobre os animais misturados na criatura e entende porque a sua “fórmula” não havia dado certo.
E eu não estou nem mencionando as diversas inteligentes sacadas ao longo do episódio, jogadas aqui e ali e divertindo quem presta atenção – a orelha na omelete; a resposta sobre o consumo de drogas; a citação de uma mulher que ele havia conhecido; o momento em que ele pergunta se alguém anotou a hora em que ele disse que precisaria do antídoto depois de certo tempo. Adoro o personagem!
E foi interessante, para variar, que tenha sido ele a dar uma de herói ao chamar pelo monstro. Não somente isso, também foi ele a dar fim a criatura, com Olivia e Peter assistindo de camarote.
Se o começo não foi tão nojento, o que dizer do momento em que os milhares de larvas dela saem do corpo já morto de uma das primeiras vítimas? Eu passava mal só de imaginar qual seria o destino de Charlie nessa brincadeira – tá, imaginava pouco já que graças a um spoiler aqui outro acolá eu já sabia o destino do personagem.
No finalzinho, Olivia com ciúmes de Peter – eu ainda acho que algo rola com a irmã dela, não sei se ela foi colocada ali para vigiar Olivia a mando de alguém ou se algo vai acontecer com ela, mas não pode ser a toa – e depois acendendo a luz para poder dormir. Difícil dormir a noite quando sabemos que realmente existem monstros lá fora – assim como nos livros, eles foram criados por humanos.
E o O Observador? Aparece rapidinho no fundo da televisão, enquanto a esposa de Charlie assiste as estranhas notícias do jornal.