Eu não saberia dizer, entre Turn Turn Turn e The Descent Of Man, qual meu episódio preferido. Tão diferentes em forma e essência, esse dois episódios têm em comum o algo que faz com que CSI sobreviva à saída de seu principal personagem, à saída de vários personagens: um roteiro impecável.
The Descent Of Man foi desses episódio leves, com reviravoltas inesperadas, com conteúdo às vezes duvidoso, mas que não te deixa sair do sofá ou, ainda, te faz assisti-lo duas vezes em seguida, no mesmo dia, que nem eu mesma fiz.
Não estou aqui dizendo que não existiram erros, acabei de falar do conteúdo às vezes duvidosos, mas o conjunto funcionou muito bem. Continuo incomodada com o pouco tempo de tela de Catherine, a nova supervisora, ou mesmo com sua postura quando ela aparece, mas o diálogo no finalzinho foi ótimo:
Catherine: Tanta coisa caindo do céu. Veneno, pessoas, tartarugas. Acho que vou começar a usar chapéu.
Langston: Ou pelo menos usar um guarda-chuva.
Os três crimes foram interessantes. Eu dificilmente pensaria em um ultra-leve derramando um elemento natural que, em excesso, causaria ataques cardiácos, mas o que eu jamais teria imaginado seria uma tartaruga caindo de uma ave de rapina na cabeça de um pregador que se auto-denominava santo e que fazia pregações na Starbucks mais próxima.
Langston praticamente roubou o episódio ao citar Ésquilo e continuar contando a história do grego mesmo após ser deixado sozinho pelo resto da equipe. Boa sacada ele ter citado o autor por causa de um crime e nesta citação ter encontrado a resposta para o outro.
Agora, engraçado mesmo é o exagero com que os americanos olham os franceses. Ou seria porque tudo em Las Vegas é exagerado? Dizem por aí que nasce um tolo por minuto e que todos vão para à cidade. Eu não sei se nascem tantos tolos, mas acredito que, para os mais loucos, este é um destino certo.