Cold Case: Into The Blue (06×23)

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Into The Blue seria a series finale de Cold Case. E funcionaria muito bem se assim o fosse. Mas, graças a Deus, ela não precisa ser, já que o seriado foi renovado, e as respostas dadas ao final dessa temporada abrem todo um novo panorama para o que está por vir.

Kathryn Morris esteve excelente e eu não tinha pegado que tudo não passava de ilusão ou delírio da protagonista, quase morta após ter seu carro jogado da ponte. O que estava escrito naquela carta em suas mãos? Podemos não saber ao certo, mas, com certeza, a relação dela e seu pai têm a chance de um recomeço.

A morte de Kate acabou sendo causada por alguém de quem eu nem desconfiava: Ryan. É engraçado como o preconceito, muitas vezes, mora mais na nossa própria cabeça do que na dos outros. Ryan se sentia tão diminuído e, ao mesmo tempo, não podia admitir que Kate se saísse melhor que ele. Ele considerava que ela lhe roubava o lugar junto aos colegas de escola quando, na verdade, independente da presença dela ali, ele nunca seria igual aos demais.

Entretanto, o principal da história não foi resolver o crime, mas conhecer mais sobre o passado de Lilly, sobre o qual já havíamos ouvido falar. Ficamos sabendo porque a relação dela e do capitão é tão especial – foi ele quem a amparou e deu segurança quando, ainda menina, ela foi espancada por um bandido. Também foi ele que a apoiou quando ela se formou na academia de polícia e foi quem lhe deu uma chance como a primeira detetive de homicídios da Filadélfia.

As cenas da pequena Lilly – uma graça, diga-se – com cara de envelhecidas, como que filmadas com uma velha câmera, foram fundamentais para entendermos o tanto de conflito que a detetive carrega dentro de si. E o finalzinho do episódio, com ela andando de bicicleta, não poderia ter sido mais feliz. Ainda mais ao som do Pearl Jam.

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Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. A carta nas mãos dela dizia:

    Dear Lilly,

    There are two sides to every story
    Neither of which I think you’ll find satisfactory
    Suffice it to say there’s no way I could’ve stayed with your mother and survived
    In that sense you’re already stronger than me
    I was a lousy father
    When I got sober enough to figure out how much I missed it was to late to undo the damage

    Much to my regret
    I’ll always be the dad who bought you a bike
    But never thought you how to ride it
    There were a few moments that I tried to reconnect along the way
    But you were on your own path by then
    Your own woman
    And you turned out great, kid

    I missed so much of your life
    For that I am sorry
    Not only to you but for depriving myself all those times you needed a father, somebody to protect you

    When you showed up that day at the park all these years later
    My heart jumped out my chest I thought maybe you came to judge me ‘til I realized I’m the only parent you’ve got left
    Like it or not, you only get one father

    Just know if there’s ever another moment in your life when you need me, I will be there!

    🙂

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