Quem sabe se eu não soubesse o que aconteceria neste episódio de House com Kutner poderia ter sido diferente. Sem o impacto da novidade e sabendo que a morte de Kutner não foi uma opção dos roteiristas, mas algo a que eles tiveram que recorrer devido a saída do ator para participar do governo Obama, este foi apenas mais um episódio ruim de House, em uma temporada para lá de irregular.
A questão é que a morte não me impressionou ou chocou, ela acabou até bastante despropositada se considerarmos que era Taub quem dava todos os sinais de que as coisas não caminhavam bem em sua vida e, pela lógica, era dele que esperávamos uma ação mais radical, afinal, ele já havia tentado uma vez na juventude.
E a trama do episódio também não teve nada de interessante, começando com uma mentira contada na esperança de salvar a vida do marido e terminando pela mentira contada ao não admitir ter viajado sem ele. Não, não empatizei com a paciente ou seu marido e não estava ligando nada nada para o que aconteceria com eles.
House apenas me irritou com sua atitude prepotente, principalmente quando ele começa a culpar os pais do rapaz pelo suícidio dele. Depois quando ele conclui, pelo simples fato de não conseguir enxergar a causa, de que foi um assassinato. House parece perdido e doente, mas de uma maneira que não me faz compreendê-lo melhor ou me sensibilizar com isso.
E acabei gostando de apenas uma coisa em todo episódio, justo algo que me pareceria impossível gostar: Taub. Seu trabalho em mostrar seu sofrimento, de uma maneira tão contida, sem grandes dramas. Ele era o mais próximo de Kutner e seria quem mais poderia se culpar por não ter enxergado a depressão do amigo. Quando ele finalmente chora, no final do episódio, é como se você pudesse sentir o que ele estava sentindo.
Já ia esquecendo: aquela menina miss qualquer coisa bêbada de enxaguatório bucal me deu medo! Mas me fez rir muito.
