House: The Softer Side (05×16)

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Depois de assistir a este episódio de House acabei por ler alguns reviews em sites americanos e um dos comentários que li me deu uma luz, como uma explicação de porque, às vezes, eu me incomodo tanto com o que vejo: “Eu sinto como se eu estivesse vendo os outros personagens do show se envolvendo e desenvolvendo, mas House continua, frustrantemente, estagnado.” (TV Squad)

Não venham me dizer que, o fato de House escolher entre drogas que o deixam melhor mas afetam seu julgamento e ficar com a dor e continuar a ser um médico melhor é uma evolução, porque House não mede o alcance de suas escolhas em relação aos demais, ele mede seu efeito no próprio umbigo.

O paciente da semana oferecia uma história fascinante: um bebê nasce com Mosaicismo, ou seja, ele possui tanto DNA feminino como DNA masculino em seu corpo. Seus pais optam por criá-lo como menino. Aos onze anos, dores abdominais o levam ao hospital, sem explicação.

A explicação é simples, desidratação, mas demora um episódio todo para ser descoberta. Por que tanta demora? Para que Thirteen possa se compadecer com o pobre menino, agir de maneira completamente fora de sentindo e me irritar – nem venham me dizer eu te disse, o problema continua no roteiro.

E alguém aí se convenceu de que, mesmo com House drogado, a dupla Taub e Kutner perceberia antes que o médico que o casal Thirteen e Foreman não havia terminado seu relacionamento?

Já Wilson e Cuddy imaginando que House está se drogando com cocaína é algo bem mais aceitável. Mesmo não sendo aceitável que Cuddy resolva arcar com o risco de monitorar um tratamento a base de Metadona para alguém que ela sabe não ter o mínimo controle sobre sua vontade.

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E, por mais que Cuddy acredite que ele é um cafajeste mesmo sem a dor, sabemos que somente em parte isso é verdade. Mas para sabermos disso precisamos lembrar da primeira e da segunda temporada e aí ficamos mais frustrados com o que está acontecendo agora.

A metadona não o transformou em uma pessoa feliz ou menos cafajeste, ele apenas ficou apático. Sem reação. Um House apagado.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Confesso que estou um pouco saturada da série. O roteiro segue uma fórmula que se repete ininterruptamente. Ficou sem graça, sem criatividade. Não vai deixar saudade quando acabar.

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