Depois de assistir a este episódio de House acabei por ler alguns reviews em sites americanos e um dos comentários que li me deu uma luz, como uma explicação de porque, às vezes, eu me incomodo tanto com o que vejo: “Eu sinto como se eu estivesse vendo os outros personagens do show se envolvendo e desenvolvendo, mas House continua, frustrantemente, estagnado.” (TV Squad)
Não venham me dizer que, o fato de House escolher entre drogas que o deixam melhor mas afetam seu julgamento e ficar com a dor e continuar a ser um médico melhor é uma evolução, porque House não mede o alcance de suas escolhas em relação aos demais, ele mede seu efeito no próprio umbigo.
O paciente da semana oferecia uma história fascinante: um bebê nasce com Mosaicismo, ou seja, ele possui tanto DNA feminino como DNA masculino em seu corpo. Seus pais optam por criá-lo como menino. Aos onze anos, dores abdominais o levam ao hospital, sem explicação.
A explicação é simples, desidratação, mas demora um episódio todo para ser descoberta. Por que tanta demora? Para que Thirteen possa se compadecer com o pobre menino, agir de maneira completamente fora de sentindo e me irritar – nem venham me dizer eu te disse, o problema continua no roteiro.
E alguém aí se convenceu de que, mesmo com House drogado, a dupla Taub e Kutner perceberia antes que o médico que o casal Thirteen e Foreman não havia terminado seu relacionamento?
Já Wilson e Cuddy imaginando que House está se drogando com cocaína é algo bem mais aceitável. Mesmo não sendo aceitável que Cuddy resolva arcar com o risco de monitorar um tratamento a base de Metadona para alguém que ela sabe não ter o mínimo controle sobre sua vontade.
E, por mais que Cuddy acredite que ele é um cafajeste mesmo sem a dor, sabemos que somente em parte isso é verdade. Mas para sabermos disso precisamos lembrar da primeira e da segunda temporada e aí ficamos mais frustrados com o que está acontecendo agora.
A metadona não o transformou em uma pessoa feliz ou menos cafajeste, ele apenas ficou apático. Sem reação. Um House apagado.
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Confesso que estou um pouco saturada da série. O roteiro segue uma fórmula que se repete ininterruptamente. Ficou sem graça, sem criatividade. Não vai deixar saudade quando acabar.
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Quem sabe a questão seja justamente que ela já passou da hora de acabar.