Grey’s Anatomy: Life During Wartime (05×06)

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Alguém aí sabe aonde encontro uma Jane Anatomy para vender? Sério! E nem estou pensando na minha filha, eu mesma que queria um brinquedo desse. Adorei, até mesmo os nomes estranhos dados por Meredith para cada um dos órgãos, já que não lembrava dos verdadeiros. Um brinquedo bem adequado para uma filha de uma cirurgiã. Mas o que Jane representa para mim, acima de tudo,  é a fase em que eu realmente voltei a gostar dos episódios de Grey’s. De verdade.

O relacionamento de Hahn e Callie continua me irritando, toda essa coisa sobre “você é meus óculos” e “eu sou tão gay” funcionam em teoria, mas as duas não combinam, não existe química.

O Major Owen Hunt, sem sombra de dúvida, foi a melhor aquisição do seriado nos últimos dois anos. Ele é um homem, como diria Cristina, forte, cheio de coisas complicadas, cheio de manias e passando por uma fase complicada – sobreviver a uma guerra em que tantos perdem suas vidas pode ser mais pesado do que ficar pelo caminho.  E ele acaba sendo um contraponto mais que interessante a todos aqueles médicos acostumados a boa vida cheia de equipamentos médicos caros.

Nada melhor do que um médico a moda antiga para mexer com aqueles residentes precisando urgentemente de prática, mesmo que isso signifique sacrificar Babe, Wilbur e mais um porquinhos pelo meio do caminho. Cristina foi espetacular – chamando um dos internos de 4.2 porque ele simplesmente não merecia um número inteiro – conseguindo coordenar o pessoal, fazer complicadas cirurgias e ainda se ligar aos “pacientes”, coisa rara no caso dela.

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Izzie nem me irritou tanto com seu “piti”. Eu entendo e não entendo ela: também tenho dó dos pobres animais, eu os adoro e fico preocupada com pessoas que têm tendência a maltratá-los, mas entendo a parte de que algumas vezes são necessários sacrifícios de maneira a poupar vidas humanas. E acho que ela tbm entendeu isso no final do episódio.

Talvez seja isso o principal que Owen trouxe de volta dos velhos tempos: tendo que correr para salvar as vítimas, sendo elas porcos ou pessoas, os residentes reclamam menos e precisam participar da ação real de um hospital.

E a melhor decisão de Richard foi colocar Bailey cuidando de tudo. Eu a adoro – sempre foi uma das minhas personagens preferidas – e ela está em pé de igualdade com aquele bando de médicos metidos a besta, o que causa mais atrito e traz mais história, mais história interessante, você não fica com a impressão de que eles estão lá simplesmente para passar os quarenta minutos do seriado.

No finalzinho do episódio Meredith e Derek fazem mais uma descoberta entre as coisas encaixotadas na velha casa: Ellis Grey tinha um sem número de diários, que devem trazer muita história para o seriado. Quem sabe saber mais sobre Richard, e entender melhor essas coisas dele quando Meredith aparece no hospital acompanhada de Jane Anatomy. Quem sabe entendendo melhor quem ela era, Meredith entenda melhor como ela ficou como ficou.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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