Já faz muito tempo, mas, não é por nada, havia seis, existem cinco e poderia, facilmente, ser quatro.
Se nada é à toa, muito menos é por acaso.
É como se os episódios iniciais desta temporada fossem um aquecimento de motores. O mistério que relaciona Charlie a Jack Reese ganha novos personagens e novos contornos e, acho, não chegamos nem perto da superfície.
O crime da noite serviu de passatempo, um passatempo mais interessante por suas implicações relacionadas a Charlie do que ao crime em si. A única coisa que eu ficava pensando é que realmente devem existir experimentos como esses, e isso é assustador. Até que ponto um ser humano chegaria para provar um ponto seu.
E se Charlie é o protagonista desta história, são os seus doze anos na prisão que realmente contam, foi o que realmente fez com que ele mudasse e é o que o guia nas decisões atuais. Então, vamos colocar Charlie em um experimento equivalente a uma prisão e vamos ver o que acontece.
E Damian Lewis deu um show ao se conter. Você sabia que o incômodo estava lá, você sabia que ele não se sentia bem, mas você via nos olhos dele como ele estava se segurando, ele ia e voltava lá de fora, como se precisasse de algo que o lembrasse que agora ele está livre. E foi bem legal quando ele entende que, ao fazer brincadeiras com filmes de terror, seu ex-colega Bobby apenas queria saber se ele estava bem. Eu já falei o quanto eu adoro os diálogos de Life? Eu amo.
E que raiva eu fiquei daquele professor! Ele fez tudo aquilo, deixou que um rapaz morresse, ou melhor, induziu que o atacassem, apenas para ver como Charlie reagiria ao ver tudo aquilo. Como se todo mundo só servisse ao seu teatro de marionetes.
Do outro lado da cidade, para quebrar o gelo, Tidwell precisa enfrentar uma crise em seu esquadrão: um policial abandonado por sua esposa, que enche a cara e não quer mais viver. Tidwell deu um show, por mais bizarras que fossem suas histórias ou justificativas para demonstrar ao policial que não tinha problema, era apenas a primeira esposa, que coisas piores, e melhores, ainda virão.
Se não bastasse a ótima história, ainda ganhamos de presença o retorno da Tenente Davis que, rebaixada, ganhou de presente justamente um parceiro instável e “molengão”. Adorei cada minuto de Tidwell e Davis em cena juntos.
A cena final, com Charlie iniciando a reconstrução da sua parede da conspiração foi a confirmação de que agora é que a história vai começar a realmente acontecer.
Publicado originalmente no Teleséries.