Eu jurava que não ia gostar da quinta temporada de Grey’s Anatomy. Eu me preparei para o pior depois da fraquíssima quarta temporada, da qual eu quase desisti muitas e muitas vezes. E o povo sabe que fez besteira, o discurso de Richard, ao final da segunda parte do primeiro episódio, foi a voz de Shonda reconhecendo o quanto fez besteira. Bom, sabe o que dizem: reconhecer o problema é a primeira parte da solução.
Eu gostei de Dream A Little Dream Of Me (nome de uma de minhas músicas preferidas). Gostei de ver Meredith e Cristina retomando sua estranha amizade, gostei do Dr. Hunt (adorei, na verdade), não gostei tanto do início do episódio, mas, enquanto ele ia passando, eu ia gostando mais… Aí fico com aquela vaga esperança de que dessa vez eles vão acertar a mão… Ah, a esperança.
É claro que existiram aqueles momentos em que você quase a perde, em que você se irrita. Eu fiquei com medo de, a qualquer momento, toda aquela história de usar os pacientes do dia para uma metáfora do que se passa com os médicos fosse desalinhar, mas gostei do que vi. Achei que conseguiram fazer a história ser verdadeira, sem exageros de felicidade eterna ou todos são canalhas no final. A vida simplesmente, algumas vezes, é difícil demais, acontecem coisas que nós não gostaríamos, ela nos escapa de algum modo.
Era uma vez…
Felizes para sempre…
As histórias que contamos são coisas de sonhos.
Contos de fada não se tornam realidade.
A realidade é muito mais agitada.
Muito mais turva.
Muito mais assustadora.
A realidade…
É muito mais interessante do que viver feliz para sempre.
Acho que o importante não é o objetivo, mas o caminho. Falava com o Markinhos (amigo novo) sobre isso: o dia que eu parar de escrever como fã significa que perdi o prazer de assistir, e para que mais serviria esses quarenta minutos se não fosse para me divertir? E nisso a vida e um episódio de seriado são parecidos: vamos curtir o caminho.
Lexie e George? Nada a ver. Esquece, vamos mandar George para outro estágio (pode ser bem longe dali) e vamos logo colocá-la olhando Sloan de um jeito diferente. Assim, rápido para que o pessoal não se irrite ainda mais. Se, por um lado, foi rápido demais, nem um episódio direito, do outro, ufi, ainda bem.
Outra resolução rápida: para que deixar Rose saindo como boazinha e mantê-la no elenco apenas para irritar mais o pessoal? Não, vamos logo, ela corta a mão do cirurgião e pronto, mais um problema resolvido.
Vamos arrumar um novo interesse para Cristina. Ele tem de ser bonitão, ele tem de ser médico e ele tem de ser durão. Se fizer com que ela tenha outro interesse além da cardiologia, bem, melhor ainda. Mas o mais importante: Ele é quente!
Continuo achando que os roteiristas tem um problema com Alex. Poxa, ele evolui e volta para trás, toda hora. É um passo para frente, dois para trás. Sim, ele é inseguro e se sente melhor atrás de sua máscara de machão, mas já se vão cinco anos assim. A ceninha final, ele quase transando com a garota na frente de Izzie foi totalmente desnecessária.
E a Izzie? Tá, ela não me irritou e convivi muito bem com a sua personagem hoje. Mas acho que, definitivamente, peguei raiva de Katherine Heighl e isso parece meio insuperável.
Não consigo me decidir se gostei ou não de Torres travando no meio do experimento. Se por um lado isso a mostrou mais humana, por outro parece que só serviu para que a Han pudesse lhe dar força. E, poxa, quer dizer que a Han nunca tinha beijado uma mulher? Por que será que é tão difícil colocar um personagem assumidamente gay em um seriado?
Os pacientes da noite foram um grupo interessante, com histórias para sempre entrelaçadas, ainda mais depois das duas limousines que usavam sofrerem acidentes. Um dos homens falece, sua esposa bate a cabeça e por causa da pressão acaba ficando com um efeito que apaga a sua memória a cada 30 segundos. Se você perde alguém que você ama muito, quem sabe não seja melhor não ter de pensar nisso por muito tempo.
Os outros dois casais sobrevivem, mas não da mesma maneira: um deles perdeu seu emprego 08 meses antes e começou um caso com a melhor amiga da esposa. Agora ele não pode falar mais, mas sua esposa o perdôou. Mas o perdão não significa esquecimento.
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Simone, Eu também adoro est a série e fiquei chateada na última temporada. Mas tenho certeza que os próximos episódios serão muito bons e ela vai voltar ao seu nível anterior.
É muito bom ver casos interessantes se misturando com a vida de cada um dos personagens.
Adoro seu site.
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Oi, Simone!
Como eu falei antes, estou revendo toda a série no Netflix. E ontem cheguei a esses episódios.
Foi muito interessante rever a chegada do Owen, pois só me lembrava dele carregando a Cristina com o gelo. Não lembrava que ele tinha chegado na ambulância, achei muito legal.
Outra coisa bacana foi ver o Sloan implicando com a Lexie sobre o George, sabendo de como a história deles evolui depois (sem pensar no final, com a morte de Lexie, vai!).
Claro que ver já sabendo o que vai acontecer dá outra perspectiva, mas é engraçado prestar atenção em outros detalhes (por exemplo, quando o Burke ganha o Harper Avery Award, já havia alguma ideia de trazer o Jackson, neto do “cara”, pra série?)…
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Rever séries tem lado bom e ruim: você curte coisas que não curtia, entende melhor o desenvolvimento das histórias, mas pode se frustrar ao perceber que a série era uma e agora é outra…