Com certeza Judy Davies está maravilhosa no papel de Judy Garland, mas, confesso, fiquei meio perdida na segunda parte da mini-série.
No final da primeira parte ouvimos Lorna descrever como sua mãe teve seu coração partido pela primeira vez e teve um casamento infeliz de apenas 09 meses, mas Judy ainda era incrivelmente nova. A segunda parte já começa com Judy bastante adulta. Eu fiquei meio perdida, sem entender muito bem em que ponto da vida da atriz a história se encontrava.
Basicamente o que vemos é seu casamento com Vincente Minnelli (interpretado de maneira magistral por Hugh Laurie, que conseguiu transmitir bem a homossexualidade escondida do famoso diretor nos anos dourados de Holywood), o nascimento de sua filha Lisa, o afastamento da Metro, a depressão, a tentativa de manter-se longe das pílulas, os anos de ostracismo.
Vemos como judy afastou sua mãe, a qual ela culpava por sua infelicidade, de sua vida e como tentou o suicídio ao concluir que os boatos sobre Vincente eram mais reais do que ela acreditava.
Até que ela reencontra o amor, se é que podemos chamar assim, em Sid Luft, produtor de filmes B (e C) que transmitiu a garota ao crescida segurança. Ele sentia que podia mudar sua imagem em Holywood se pudesse produzir algo de qualidade com a namoradinha da América. Ela enxergava segurança naquele homem bruto e sincero que parecia amá-la.
Mas Judy nunca chegou a acreditar ou amar a si própria o que tornava praticamente impossível que seus relacionamentos realmente dessem certo.
O que realmente me surpreendeu nesta parte da história foi Victor Graber no papel de Sid Luft. Ele está muito, muito, bem.