Supernatural: A terceira temporada

Carry on my wayward son,
Continue, meu filho desobediente
For there’ll be peace when you are done
Pois haverá paz quando você terminar
Lay your weary head to rest
Coloque sua cabeça cansada para descansar
Now don’t you cry no more
Agora não chore mais

Outra vítima infeliz do massacre da Warner foi Supernatural. No começo eu até tentei acompanhar pelo canal, mas, em determinada hora, eu já não sabia que ia ter inédito no ar e perdia, ia tentar recuperar e não conseguia. Um dia desisti. Baixei tudo e assisti no iPod mesmo.

Supernatural é um seriado único (eu acho, tá!), que um monte de gente insiste em classificar como teen, só porque os protagonistas são dois rapazotes bonitões. Mas eu curto demais o cuidado que os roteiristas têm com as histórias contadas. Às vezes acho que o pessoal não dá valor ao trabalho deles, que exige pesquisa, seja das histórias e mitos, seja das referências pop que, vira e mexe, são colocadas em cada episódio.

Eu já tinha falado por aqui dos dois primeiros: o primeiro que nos trouxe um novo panorama após a saída de milhares de demônio pelo portal aberto, mesmo que sem querer, graças à ajuda dos dois irmãos. Já nesse os fãs de terror puderam pegar a referência ao O Iluminado na fala de um dos demônios que atacam Sam.

No segundo episódio tivemos o mini Dean, o menino mais fofo depois de Brian Jr. (Dirty Sexy Money).

Em Bad Day at Black Rock (03×03) Sam e Dean ficam sabendo que um depósito de seu pai foi estourado e de lá foi roubado nada mais nada menos que um pé de coelho. Não poderia ser qualquer um, mas um pé de coelho mágico, que deixa com toda sorte do mundo quem o possui, desde que ele não o perca, pois aí se tornará a pessoa mais azarada do mundo e a morte é uma conseqüência natural.

Conhecemos Bela, a segunda garota do seriado, que assim como Ruby foi odiada pelas fãs desde que foi anunciada sua entrada. Ela não é uma caçadora de monstros, mas sim uma mulher que vive, e muito bem por sinal, do roubo e venda de artefatos mágicos.

Sam acaba sendo dono do pé de coelho por um tempo, o que rende até ganhar na loteria, mas quando ele perde o talismã a história fica melhor ainda, se tornando o mais azarado do mundo.

Sin City (03×04) foi o mais fraquinho da temporada, quando os irmãos chegam em uma cidade onde demônios usam seus poderes para fazer com que os moradores não sejam mais racionais, matando, roubando e traindo. O que vale do episódio são Ruby e Bobby reconstruindo a Colt. No finalzinho Ruby acaba dando notícias não muito boas para Sam: a chance de salvar Dean do destino é muito pequena.

Outro episódio fraquinho foi Bedtime Stories (03×05), onde uma garota em coma, cuja madrasta abusava dela e foi quem quase a matou, assombra pessoas de sua cidade matando-as como em contos de fada, até que os irmãos conseguem que seu pai entenda o que aconteceu de verdade..

O seriado retoma seu ritmo em Red Sky At Morning (03×06): pessoas desaparecem após verem o vulto de um antigo barco pirata. Bela acaba se colocando de novo no caminho dos irmãos e acaba sendo salva por eles quando ela também vê o barco.

Fresh Blood (03×07) traz os vampiros como temática e a volta de Gordon, que quer matar Sam a todo custo, acreditando que ele é parte demônio. Gordon acaba pego pelos vampiros e começamos a ver mudanças no comportamento de Sam que, após não conseguir desfazer o acordo do irmão, se torna mais parecido com Dean e o pai a cada instante.

O episódio especial de natal não foi muito especial para mim. Em A Very Supernatural Christmas (03×08) os irmãos têm que lidar com um Papai Noel do mal, um demônio antigo que come pessoas na época próxima do Natal. Enquanto Dean não tem grandes lembranças do natal da infância dos dois, Sam quer comemorar o feriado em grande estilo. O que marca o episódio são os flashbacks da infância dos dois, que não acrescentam muita coisa.

Em Malleus Maleficarum (03×08) os irmãos brincam com bruxas e quase se ferram. O ponto importante do episódio é a primeira citação de Lilith, poderosa demônio que pode se tornar a pedra no sapato que estava faltando, já que ela não tem muita simpatia por Sam.

Dream A Little Dream Of Me (03×09), até o nome já traz referências, traz os irmãos literalmente entrando no mundo dos sonhos para libertar Bobby, depois de várias pessoas terem sido mortas enquanto sonhavam. Os irmãos descobrem o envolvimento de um rapaz que, participando de uma experiência relacionada ao sono, sente-se poderoso nesse mundo de sonhos e resolve se vingar de quem lhe fez mal.

Mystery Spot é um episódio a lá Feitiço do Tempo (o filme, sabe qual é?) com Sam ficando preso na continua repetição do mesmo dia, com Dean morrendo e depois morrendo de novo… E de novo… E de novo, das mais diversas formas. A construção do episódio foi muito boa mesmo. Você fica aflito e no momento seguinte está rindo da situação. Sam descobre que o responsável pela brincadeira era aquele demônio brincalhão do episódio Tall Tales (02×15), que não foi morto pelos irmão.

Jus In Bello (03×11) acabou sendo mais dark, ainda mais vindo logo em seguida de um episódio leve. Sam e Dean vão atrás de Bela, que roubou a Colt, mas ela preparar uma armadilha e eles acabam presos pelo Agente Henricksen em uma pequena delegacia do Colorado. Lilith resolve aproveitar a oportunidade para acabar com os irmãos e manda um exército de demônios para lá.

Ruby quer sacrificar uma moça da delegacia para salvar todos, mas os irmãos não deixam e resolvem usar outra solução. É bem legal vê-los protegendo a delegacia e colocando o plano em ação. Eles até tem sucesso. Mas Lilith chega ao local pouco tempo depois da saída deles, matando a todos que ficaram por lá, inclusive o Agente Henricksen.

A única vantagem dos irmãos é que eles também são dados como mortos, o que tira a polícia do seu encalço.

Ghostfacers (03×12) foi um divisor de fãs: uns adoraram, outros odiaram. Eu, apesar de odiar o cinema a lá Bruxa de Blair, adorei. Sam e Dean dão uma passada em uma casa mal assombrada, a Mansão Morton, e dão de cara com os Ghostfacers, responsáveis pelo reality show mais brega do mundo.

Quem é bom de memória lembrou de Ed Zeddemore e Harry Spengler do episódio Hell House, ainda da primeira temporada. Eu, de inicio, não lembrava não.

Long-Distance Call foi, no mínimo, interessante. Um demônio que usa a telefonia para convencer pessoas a se suicidarem ou cometerem crimes ao se passar por parentes mortos destes. E quase que Dean cai na conversa do demônio, que liga com a voz do pai deles. É Sam que descobre a chave dos crimes, mas quase dança também.

Em Time Is On My Side (03×14), Sam resolve investigar um médico que teria descoberto o segredo da imortalidade nos idos de 1816. Ele pensa em usar isso para salvar Dean: a lógica é que se ele não morrer ele não pode ir para o inferno. Mas quando você olha o estado do médico, noooojjjjeeeennnntttooo. Ele não morre, mas as partes do seu corpo vão ficando velhas e caindo e ele substitui por partes de outras pessoas.

E aí chega, rápido demais até, mais um final de temporada ao som de Carry on my wayward son do Kansas. O episódio é No Rest for the Wicked, onde Dean e Sam partem em busca de uma última chance de salvar Dean do inferno: matar o demônio dono do contrato, no caso, Lilith.

Cara, que final de temporada! A menininha loira matando qualquer um que não fizesse o que ela queria, aquele bando de demônios na vizinhança, Ruby tentando ajudar os dois irmãos, Bobby fazendo com que eles entendessem que ele também é família… Sam e Dean cantando Bon Jovi – sim, Bon Jovi, hehe – tudo foi muito bom. Eu assisti duas vezes ao episódio e tenho ouvido Carry on my wayward son pelo menos uma vez por dia.

E os roteiristas capricharam. Eu ainda tinha a esperança de que Dean iria escapar do inferno, mas eles se arriscaram e mudaram toda a história. A próxima temporada promete: Dean no inferno e Sam sozinho na Terra (não totalmente sozinho, mas sem o irmão que sempre foi seu parceiro). Mas tem outra coisa diferente: Lilith tentou matar Sam, ali, na frente dela, e não só não conseguiu, como também enfraqueceu. Ruby estava certa a respeito do poder dele, que ninguém tinha visto ainda?

No intervalo vou revendo a primeira temporada, no meu box novinho em folha.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

6 Comentários


  1. Eu sou da mesma opinião do Anderson Vidoni: Supernatural é uma série subestimada. Adoro as referências pop, as ótimas tiradas do Dean e, principalmente, a relação entre os irmãos. Gosto do cuidado com que as histórias são contadas, toda a pesquisa feita (como vc mencionou) e, claro, as músicas para aqueles que gostam do clássico rock.
    Adorei a final, e que season finale! E deixou grandes expectativas para a 5ª temporada: será que Dean conseguirá sair do inferno? como? e quais os poderes de Sam? Será que agora ele irá desenvolver, já que está sozinho? Ah, é aonde eu consigo baixar Carry on…?

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  2. Carina,

    Na realidade eu baixei do Mininova.org um torrent com todas as músicas de Supernatural. Tem da primeira e um da segunda temporada. Carry On tem nos dois.

    beijos

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  3. As referências pop são ótimas: em Jus in Bello quando o agente do FBI apavorado diz : “I shot the sheriff” ao que o Dean responde, com aquela cara de sonso, “but you didn´t shot the deputy” eu cai na gargalhada.
    Para mim esta série é como Buffy, apesar da temática sobrenatural / terror ela é bem mais realista nos relacionamentos dos personagens do que muitos dramas que tem por aí. E esta temática sobrenatural não me atrairia de jetio nehuma, mas é tão bem feita que me conquistou.

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  4. Supernatural é a melhor série que está no ar ultimamente.
    Claro que não subestimo House ou qualquer outra, mas Supernatural consegue fazer vc ficar viciado!
    Pra quem acha que é mais uma série teen, comece a rever seus conceitos, pelo amor de Deus!!
    O trabalho envolve muita pesquisa, muuuuuuita pesquisa!! Todos os episodios trazem alguma infromação nova, muito mais “educativo” que “gossip girl” da vida!
    Enfim, estou ansiosa pela 4ª temporada, que chegue logo Setembro!!!

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  5. ola pessoal eu gostaria de saber qual é a musica que o dean canta no episodio Mystery Spot ,que esta citado logo acima .

    Mystery Spot é um episódio a lá Feitiço do Tempo (o filme, sabe qual é?) com Sam ficando preso na continua repetição do mesmo dia, com Dean morrendo e depois morrendo de novo… E de novo… E de novo, das mais diversas formas. A construção do episódio foi muito boa mesmo. Você fica aflito e no momento seguinte está rindo da situação. Sam descobre que o responsável pela brincadeira era aquele demônio brincalhão do episódio Tall Tales (02×15), que não foi morto pelos irmão.

    eu gostaria de saber a musica que deam canta nesse epsodio.

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