CSI NY: Right Next Door (04×16)

Antes de sair falando do ótimo Right Next Door, tenho que comentar os episódios Playing With Matchs e DOA for a Day, dois episódios dos quais eu não fiz review por aqui.

Playing With Matchs (04×14) foi o último episódio exibido antes da greve dos roteiristas e não foi ruim, mas depois de um sequência de episódios muito bons, você fica esperando mais e a falta de alguns elementos acaba por te decepcionar.

Algo que me marcou no episódio, como sempre acontece com CSI NY em especial, foi a referência ao papel de Gary Sinise em Apolo 13, quando a equipe é chamada para investigar a estranha morte de um homem jogado sobre o parabrisas de um caminhão de bombeiros. O morto usa um macacão semelhante aos usados por astronautas, e o comentário de Mac é natural: “Houston, We have a problem!”

A outra morte do episódio também tem seu lado bizarro: uma mulher morre afogada em um banheiro público dos mais modernos. Cara, eu não sei o que me deixou mais incrédula: o banheiro em si ou a morte.

Outro dia o Paulo Antunes (Teleséries) falou sobre a necessidade de credibilidade em uma história para que possamos gostar dela. Eu me encaixo nessa categoria e, talvez por isso, não tenha gostado tanto do episódio.

Também foi interessante ver Mac confrontado com a idéia de que poderia ter cometido um erro, já que o suspeito da morte no banheiro (irc) é um homem que está na cadeia, condenado com provas obtidas por ele. A questão é que duas pessoas não podem ter o mesmo DNA.

Toda a maquinação do crime, o cara armando para que conseguisse sair livre alegando que foi preso de maneira incorreta graças a um segundo crime, o estupro da garota que acabou morta por uma falha técnica, foi bem interessante.

O segundo crime tem um modelo mais ortodoxo. Na realidade, um crime que começa com um acidente. O motivo do macacão? Corridas de carrinhos de rolimã em alta velocidade. Pelo menos serviu para lembrar das farras de infância e imaginar aonde uma brincadeira pode ser levada.

Já DOA For a Day (04×15) foi uma decepção. Mais um prejudicado pela expectativa criada com a primeira parte da história da Assassina X (oh nominho mais sem graça!). Neste episódio a equipe volta a buscá-la, depois de encontrar um corpo que seria o dela e que acaba provando-se ser o corpo da assistente da segurança do prefeito, que sofreu uma série de operações para ficar com a cara da assassina.

Toda a condução da história me pareceu muito amadora, o excesso de efeitos para mostrar os conhecimentos de tecnologia da moça acabou cansando e a perseguição final, com a moça dando saltos tremendos com um salto alto de 10 cm foi meio forçada. Sem falar o final com ela morrendo assim, caída, muito fraco.

Right Next Door (04×16) chega para tirar a poeira e recuperar tudo aquilo que adoramos ver nos outros episódios. Stella esteve ótima, a história foi muito bem contada e você consegue torcer contra o vilão.

Tá que a cena que eu não consigo esquecer é Danny com a mãe de Ruben. Sei que um montão de gente torce contra ele e Lindsay, mas gosto dos dois como casal e, mais que isso, acho que a história só pode acabar mal. Ele e a mãe de Ruben acabam sendo uma válvula de escape um para o outro, mas um dos dois vai acabar se envolvendo mais e o outro vai sair magoado. E acho que não será Danny o magoado.

Apesar de adorar o episódio todo tenho que reconhecer a previsibilidade do roteiro: que a sobrinha da vizinha de Stella era a garota seqüestrada eu tinha certeza (você não?). Todo o resto veio sendo descoberto na hora certa: que o outro menino também tinha sido seqüestrado, a história da seguradora (não esqueço Mac falando que eles sempre acabam caindo pela ganância) e o local onde as crianças estavam.

Mac também estava ótimo. Suas conversas com Stella e, depois, com a mãe do menino foram ótimas. Adoro quando vemos o outro lado de nossos policiais.