CSI NY: Happily Never After (04×12)

NY S04 E12

* Publicado, originalmente em 10/02/2008

No começo do episódio me senti assistindo uma versão bizarra de O Diabo Veste Prada: uma mulher milionária, conhecida como uma verdadeira bruxa com todos que a rodeavam, é encontrada morta próxima da decoração de Natal que fazia todos os anos por um casal de namorados. Talvez o que tenha me remetido ao filme tenha sido, além da fama da mulher, é claro, os sapatos vermelhos elegantes que ela usava.

No desenrolar do episódio, ao tomarmos conhecimento do segundo caso da noite: uma garota vestida em camisolas longas, encontrada morta após um estranho acidente nas ruas da cidade, além da estranha vestimenta mais coisas indicam que algo estaria errado: no peito da moça está pintado Wendy com tinta. Na sua pele uma pequena estrela dourada, daquelas que as crianças ganham quando entregam uma lição de casa exemplar.

NY S04 E12

Aí concluo que: 1. os americanos tem coisas que ninguém é capaz de entender, nem mesmo eles (imaginando que a idéia do segundo crime seja baseada em coisas que realmente rolam no país. E 2. uma boa história permite diversas interpretações.

O primeiro caso foi daqueles em que a investigação vai e volta. Quando o culpado parece óbvio a história dá uma reviravolta e o povo fica sem pistas e tem de começar tudo de novo.

A megera, veja bem, sou da mesma opinião de Lindsay: uma mulher que gostava tanto de seu cachorro não pode ser tão bruxa assim, mas devemos lembrar que Hitler também tinha um cachorro. Voltando, a megera era megera mesmo, o que rende até a brincadeira com um filme meio antigo em que se investigava a morte da megera da cidade. Não lembro direito o nome do filme, mas era algo como “Quem não matou Mona?” e tinha Bette Midler e Neve Campbell no elenco.

Primeiro desconfiados de alguém próximo, depois desconfiados do dono de uma ONG para a qual a megera doava dinheiro, e que parou de doar depois de descobrir que ele não era tão santo assim, os peritos são supreendidos, mais uma vez, com um crime de ocasião: a megera mandou tirar um carrinho de amêndoas/ castanhas da esquina próxima de seu empreendimento. Numa discussão de rua com o dono do carrinho ela mostra o quanto é prepotente e o carinha acaba matando-a sem querer ao empurra-la sobre um tanque de nitrogênio líquido.

Ele podia até não ser culpado pela morte, mas perdeu a razão depois de transportar o corpo em seu carrinho e jogá-lo no campo de esculturas de gelo patrocinado pela mulher. Cuidado com o que anda comendo na rua, além de ter de se preocupar com a fonte dos alimentos agora você precisa se preocupar com o que foi transportado no carrinho.

Bom, mas foi o segundo caso que realmente mexeu comigo. Inicialmente a moça poderia ter morrido no próprio acidente. Em seguida, Mac e a nova policial (da qual ainda não guardei o nome e sobre quem eu ainda não tenho opinião definida) descobrem que, na realidade, o corpo estaria sobre o ônibus escolar, tendo caído em decorrência da brecada brusca.

A investigação leva os peritos até uma escola, onde uma sala de jardim de infância ficaria posicionada na altura calculada para a queda do corpo sobre o ônibus e cuja janela dá de frente para um estacionamento. Eles acabam descobrindo uma série de invasões a escolas de mesmo perfil, sem que nada tenha sido roubado.

Na sala de aula um gancho, sim, igual ao do pirata, cheio de sangue é encontrado no lixo. Eles também conseguem concluir que aquele era o local do crime, mas continuam sem muitas pistas para chegar mais longe. Graças a um livro de Peter Pan eles descobrem uma lista de horários e locais, e podem participar da próxima festa.

Agora, imaginem que bizarro: um grupo de jovens adultos, vestidos como crianças, doidões com algo semelhante ao ecstasy, se comportando como minha filha de 04 anos. No final das contas era isso que realmente importava sobre o caso, nem tanto quem matou a moça, mas o que está acontecendo com as pessoas em geral para que esse tipo de loucura realmente aconteça.

Well, não vou ficar aqui filosofando sobre o final dos tempos próximo (porque deve estar chegando gente), então conto logo o desfecho: a morte, em teoria, foi causada sem querer (ah tá), pois estava tão chapado que nem sabia direito o que estava fazendo. E os CSIs só conseguiram descobrir isso porque a firma do irmão da garota morta realizava testes de drogas nos novos funcionários, e justamente um deles foi quem cometeu o crime.

P.S. E nada da nossa assassina virtual (e tenho medo que com a greve não tenhamos mais nada nessa temporada) e a única menção ao ocorrido com Danny é a nova policial dizendo a ele que sentia muito.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Piada mórbida:
    O coracão de gelo que matou ela.
    rss

    Diz o Ausiello que de 4 a 7 novos epis devem ficar prontos pra ir ao ar a partir de Abril.
    TOMARA!!!

    Agora falando em Danny, assiste o 13 e depois comentamos. Essa continuidade deles é meio estranha.

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  2. Menina, assisti ontem! Que coisa não???????

    Daqui a pouco posto o review por aqui.

    Também vi a notícia do Ausiello, só espero que seja logo.

    Beijos

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