Grey’s Anatomy: Haunt You Every Day (04×05)

Epa, e a temporada começou! Para mim, que fiquei irritada demais com os primeiros episódios.

O que mais gostei em Grey’s estava lá: Meredith sendo mais Meredith do que nunca, os casos bizarros que ligam as histórias dos médicos e residentes, mas não precisam servir de metáfora para tudo, eles aprendendo alguma coisa, uma graça aqui e ali para equilibrar tudo. Tá, ainda tem Izzie e George, mas dá até para ignorar sem afetar o ritmo do episódio.

Nada como uma noite de Halloween para colocar as coisas no lugar!

Meredith tem um pesadelo com sua mãe e conclue que o problema se resume às cinzas de sua mãe guardadas em seu armário. Lá vai ela e as cinzas, em um simpático saquinho, pelo hospital, enquanto ela tenta achar o lugar adequado para jogá-las.

E como só quem consegue guardar segredo é Izzie e George, é claro que todo mundo já sabe das cinzas, até a moça da cafeteria, que tem um filho que não tem orelhas e pede uma operação pró bono para Sloan. Sloan até topa a cirurgia, mas quem tem de batalhar por todo resto, sala, enfermeiras, assistentes, medicamentos, é Meredith. Viu, foi só darem algo legal para ela fazer durante o episódio e pronto, ela fica interessante.

Na clínica o caso da noite não poderia ser mais inusitado: um homem que acredita que seu pé pertence a outra pessoa e exige sua remoção. Quando Bailey se nega a atender tal pedido ele resolve sozinho o problema: pega uma serra elétrica meio largada no pronto socorro e serra a própria perna. E eu nunca vi alguém tão feliz indo para uma sala de operações, e você?

Nada interessante foi a volta de Ava, que depois da aminésia e o humor sarcástico retorna como uma mulher normal, infeliz no casamento, com um bebê que não a deixa dormir direito. Karev acaba indo para a cama com ela e continua fascinado, mas sabemos que esse banho de realidade deve apagar esse fogo rapidinho.

Também achei desnecessário Hahn,  que aceita substituir Burke como chefe da cirurgia toráxica no hospital, dar aquela lavada em Cristina. Mas isso tem significados bons: a vida de Cristina deve complicar na parte profissional, o que não deixa de ser interessante, e voltamos a ter um personagem forte e talvez odiável no elenco principal (eles são necessários, isso é uma verdade).

Mais interessante é Callie retomando o rumo de sua vida, já era tempo, contando a todos que Izzie dormia com George, e se aproximando de Cristina. A conversa das duas, meio que competindo para mostrar quem estava mais ferrada da vida durante a cirurgia na perna do maluco da clínica. Até que foi um final apropriado Cristina acabar por oferecer residência para Callie. E Izzie não entenderia a diferença entre ela e Cristina, nunca. E ainda vai criticá-la pelo fato quando souber, aposto nisso.

Lexie e George acabam envolvidos em algo muito maior e mais importante: um homem a espera de um novo coração tem a possibilidade de fazer um transplante. Mas a doadora é sua própria filha, morta em um acidente ao sair do hospital. Ele têm dúvidas sobre o que fazer e é a dupla de internos, mais Lexi, é verdade, quem acaba por convencê-lo.

A cena mais especial para mim, de longe, foi quando Lexi e Meredith deixam a sala de operação, após a realização do transplante com sucesso e a operação do menino, também bem sucedida, e Lexi conta a história sobre a gata de sua mãe (que ela retirou de onde estava enterrada e levou para junto do túmulo da mãe), mostrando que entende a relação de Meredith e as cinzas de sua mãe.

Meredith, então, pode encontrar o lugar mais que adequado para as cinzas: a pia da sala pré-operatória, super esterelizada. Só haveria lugar melhor se ela pudesse deixar as cinzas ali dentro da sala, para que a mãe dela pudesse assistir a outras operações. A despedida dela acaba servindo de despedida também para Richard.