Brothers & Sisters – Maratona de 5 Episódios

Brothers And Sisters

A cozinha parece ser a principal personagem de Brothers & Sisters. Sério, quando ela não está lá eu fico até meio frustrada.

Nesta sábado aproveitei a maratona exibida pela Universal e fiquei ali, vendo do começo ao fim, os cinco primeiros episódios deste seriado que vem sendo tão elogiado como drama e que deu à Sally Field um Emmy como melhor atriz.

Pois bem, não consigo entender tanto elogio… Tá, o seriado até que é legal, tem um monte de gente boa no elenco, mas falta algo… Não dá para falar: nossa, que demais!

Tenho lido as reviews da Fer para The L World para o Teleséires, apesar de não acompanhar o seriado, e lembro dela falando sobre os roteiristas simplesmente mudaram o comportamento de uma das personagens de uma hora para outra, de maneira drástica e inexplicável.

Pois bem, acho que os roteiristas de Brothers&Sisters aprenderam com eles. Um exemplo?

Jonathan, pintado como o pior candidato possível a namorado de alguém (egoísta, egocêntrico e metido) nos primeiros dois episódios, virou um anjo, fazendo tudo por sua namorado nos três seguintes, apenas para justificar a dúvida dela do que fazer com ele… Na real: a dúvida dela só existe, na verdade, por causa da dificuldade dela ficar sozinha e da dificuldade maior ainda de enxergar que não adianta ficar com quem achamos que é perfeito e sim ficar com quem nos faz sentir algo mais.

Tommy, o irmão mais velho, também me parece estranho… Fico na dúvida se é um menino mimado que está frustrado pois seu brinquedo foi entregue para a irmã ou um cara legal… A esposa dele, se contei certo, deve ter falado meia dúzia de frases, menos que muito figurante.

Sarah abandona o trabalho que ama para ter mais tempo para a família e não consegue perceber que a filha está com problemas… Sério, o que eles querem afinal? Foi apenas para dar um tchans na importância da irmã Kitty na vida da irmã mais velha? Porque, por mais atrapalhada que Sarah possa ser e por mais preocupada com as coisas na empresa ela esteja, ela tem uma preocupação genuína com a família. Não é fácil para alguém desistir de sua carreira, ela não ficou sem emprego mas deixou de seguir conquistando mais espaço, para ter mais tempo para a família. É uma decisão rara e exige muito muito amor e, com tanto amor, não dá para ser tão cego.

Às vezes eles até acertam, como na cena em que Justin dá a injeção em sua sobrinha, com a família toda com cara de idiota, ou no diálogo de Kitty e Warren durante a festa na piscina… Ou a cena na mesa, quando Nora faz seu desabafo.

Mas, na maioria das vezes, a coisa acaba não fluindo como eu esperava.

É provável que eu continue assistindo, mais pela falta de outro drama familiar interessante hoje em dia. Mas também é provável que, ao assistir, eu sinta saudades imensas de Everwood e Gilmore Girls. É, quem sabe o problema seja a minha base de comparação…

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Oi Si! Vejo sempre os seus comentários lá no Teleséries, nas ótimas rewiews do Anderson sobre a minha adorada House. E foi lá que descobri o seu blog e, sempre que posso, dou uma passadinha para conferir. Lendo o seu rewiew acima, tenho que concordar mesmo: a série e muito comentada e tal mas não tem aquela cena ‘uau!’ (talvez eu esteja mal acostumada com o nosso Dr. ranzinha). Dos personagens, o que me cativou foi o Kevin (como o personagem com o qual ele estava jantando disse, ele é fofo!). E a mãe, Nora, me lembra muito a Sally Field na entrega do Emmy… meio desiquilibrada.

    Responder

Deixe uma resposta