Chuva em Sampa

Chuva em SP

Já há alguns anos conclui que brasileiro é um povo muito, mas muito mal educado.

Parece que na chuva, então, eles conseguem bater os próprios recordes de atitudes impensadas, ou melhor, atitudes geradas por olharem apenas o próprio umbigo.

Guarda-chuvas enormes se batem nas ruas, grupos de pessoas ocupam a calçada toda, impedindo quem vem atrás de ultrapassá-los e quem vem em sentido contrário de seguir seu caminho. A pessoa, é claro, sempre pode escolher ir para o meio da rua para conseguir seguir seu caminho.

Os carros correm, derrapam, atravessam. As pessoas não dão passagem, carros param sobre a faixa de pedestres. No metrô as pessoas colocam seus guarda-chuvas molhados na sua cara… Ou aproveitam para molhar a sua roupa.

Nas saídas de prédios, shoppings, estações, as pessoas sem guarda-chuva se aglomeram impedindo a passagem, olhando para a chuva pensando se vão ou não vão… E nesse meio-tempo ninguém mais pode ir.

Outro dia a Vejinha publicou um artigo em que várias idéias eram dadas para melhorar a vida nessa louca cidade. Uma delas era que as pessoas respeitassem a orientação, já exitente, de se manter a direita em escadas, sejam rolantes ou não, permitindo a passagem. Lembro que, quando estive na Europa, achei fascinante o fato das pessoas só ficarem a esquerda quando estão passando por alguém, de resto sempre à direita.

Na semana seguinte um leitor infeliz deu a resposta de quem é mal-educado e ainda acha que errados são os outros: normalmente existe escada rolante e comum, os apressados que subam pela comum.

Outra coisa que me impressionou foi o aviso, no trem do metrô, que todos, TODOS, os bancos são para uso de idosos, pessoas com crianças de colo, grávidas e deficientes. Na ausência deles eles poderiam ser utilizados pelos demais usuários.

Cheguei a pegar um trem em que todos os bancos eram retratéis e, vejam só, em horário de pico, as pessoas ficavam em pé, sem utilizá-los, gerando mais espaço para o conforto de todos. Igualzinho aqui.

É… Dura essa vida, não?

Digo a vocês: a única, ÚNICA, coisa que me tira do sério é a falta de educação… E essa anda sendo vendida por atacado neste país.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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