Cinema: Liga da Justiça traz os heróis que você queria. Do jeito que você queria.

Sim, eu sei, talvez eu seja suspeita. Sempre fui mais DC que Marvel. Cresci assistindo Super Amigos na televisão. Arrasto um caminhão de areia pelo Ben Affleck. Amei Mulher Maravilha. Na verdade eu confesso que nem achei Batman v Superman tão ruim assim e curti Esquadrão Suicida.

Só que você pode deixar tudo isso de lado e acreditar em mim, de verdade: Liga da Justiça traz os heróis que você queria do jeito que você queria. O filme é divertido, os personagens são ótimos (sim, sempre rola aquele problema com o vilão, mas eu não disse que o filme é perfeito), os efeitos especiais tiram o fôlego (em dobro em IMAX) e, acima de tudo, você se diverte demais. E diversão da boa é a melhor contrapartida para a compra do ingresso.

Os primeiros minutos não dizem isso: com a missão de juntar todo mundo e apresentar os até o momento desconhecidos Flash, Cyborg e Aquaman, eles são dedicados a um excesso de informação. As apresentação definitivamente podiam ser mais curtas, ainda mais porque eu acho interessante quando vamos conhecendo mais de cada personagem enquanto eles interagem entre si.

Tanto que várias de minhas cenas preferidas são justamente essas: o deslumbramento do Flash quando encontra os demais, ou quando conhece a batcaverna e quando Aquaman brinca com o fato de Bruce Wayne defender a justiça vestido de morcego. Ainda que caiba ao corredor o alívio cômico na maior parte do tempo (e as muitas referências à cultura pop), todos diálogos entre os integrantes do grupo rendem ótimos momentos.

Mas, antes de tudo, esse é um filme de ação: com o reaparecimento do Lobo das Estepes, alienígena que um dia já tentou dominar a Terra, Bruce e Diana precisam de ajuda para enfrentar o mal e vão atrás dos meta-humanos que tinham sido identificados por Luthor. Com o grupo reunido é combate depois de combate e as coisas não serão fáceis, na verdade eles apanham bastante.

E se existe o fascínio pela novidade dos novos heróis, é o fato do Superman deste filme ser muito mais o Superman que eu cresci conhecendo que faz com que tudo funcione. Isso mais o brilho de Diana (forte e a líder natural do grupo, mas eu dispensaria cortes que estão ali só para mostrar o corpo da moça, visivelmente mais magra) ao invés de simplesmente contrastarem com o sombrio lado do homem morcego, o complementam.

Como eu disse os efeitos especiais enchem os olhos, mas eu dispensaria algumas cenas em câmera lenta desnecessárias, ainda que, de novo, uma delas também esteja na lista de favoritas. Eu diria que esse é um mérito do filme: o conjunto, o produto final funciona, ainda que uma ou outra coisa te incomode rapidamente.

Finalmente: não saia correndo do cinema, são duas cenas nos créditos e a última é a melhor.

 

Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de altruísmo de Superman, Bruce Wayne busca a ajuda de sua nova aliada, Diana Prince, para encarar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar um time de meta-humanos para encarar essa ameaça recém-desperta. Mas apesar da formação dessa liga sem precedentes de heróis – Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Ciborgue e Flash – talvez seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas. O filme estreou neste 15 de novembro nos cinemas brasileiros.

Nesta quinta o Warner Channel exibe especial com entrevistas e os bastidores do filme a partir das 20h20: Inside Warner – Liga da Justiça. Ao longo do dia serão exibidos várias animações som os heróis do filme.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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