Doctor Who: The Eaters of Light (10×10)

“Quando entende o que todos no universo estão dizendo… Todos soam como crianças.”

Às vezes mesmo quando não entendemos o que todos no universo estão dizendo, já sabemos que soam como crianças, não é verdade? Crianças da terceira série brigando pelo brinquedo mais novo, pela caneta mais brilhante, pela atenção da professora favorita, para provar que é melhor/mais inteligente/mais rico/mais bonito.

Definitivamente ajudaria ter um Doutor para ajudar essa criançada toda a não fazer besteira.

Ah, a Escócia!!! Claro que não podia faltar brincadeira com o cenário do décimo episódio, afinal é a terra de Capaldi… E David Tennant. A verdade é que eu tenho uma queda pelo país, assim como pela Irlanda, e o cenário de sonho da paisagem do país é um dos motivos (bem próximo da quantidade de ruivos naturais).

E o que leva o Doutor, Nardole e Bill até a Escócia é uma discussão dos dois sobre a verdadeira história dos centuriões romanos em terras britânicas, o Doutor dizendo que eles nunca estiveram lá, Bill dizendo que sim e que os britânicos acabaram com eles. Eu não sei qual foi o livro que ela leu e, ainda que os dois não estivessem certos, ela se aproximou mais da verdade daqui: os romanos chegaram, mas acabaram mortos por uma estranha criatura que se escondia nas sombras – tá, a versão real não é tão mágica e pode ser lida, em inglês, aqui.

Eu devo dizer que nunca vi essa história da tradução simultânea da TARDIS ser tão bem usada, graças a inteligência da Bill e pela presença dos humanos de lugares diferentes, todos presos naquela caverna.

Na verdade eu amei todos esses humanos, essas “crianças” em guerra defendendo os amigos, a família, sua terra. E claro que amei o Doutor querendo ficar lá pela eternidade, é quem ele é. Ainda bem que a Bill também estava lá para não deixá-lo fazer isso. Os romanos foram vitoriosos afinal, não é mesmo?

Queria apenas saber quem mais, como eu, nunca olhará para um corvo da mesma forma? E quem mais soltou lágrimas quando o Doutor segura nas mãos de Missy e nos faz acreditar que ela pode realmente ter mudado? Seria tão menos solitário para ele…

P.S. Roteiro do episódio de  Rona Munro, única pessoa que escreveu tanto para a série clássica como para a moderna.

P.S. do P.S. Amei a armadilha para a o monstro, com aquele som e as luzes das chamas pelo caminho.

P.S. do P.S. do P.S. Vocês viram quantas vezes eu usei amei neste texto? Eu realmente fiquei emocionada por várias passagens do roteiro… E querendo correr até a Escócia para ouvir a música.

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Sim, no passado os seres humanos eram menos preconceituosos. Acho isso tão fascinante quanto triste…

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Sobre a tradução simultânea da TARDIS me lembro que a primeira vez que vi isso acontecer foi no primeiro episódio do Tennant, o especial de natal. Mas o comentário da Bill sobre a sincronia dos lábios foi formidável, até rolou um elogio de certa forma para o trabalho dos dubladores que são tão discriminados.

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