Chicago PD: Army of One (4×22)

Confesso que esse episódio de Chicago PD foi um tanto cansativo. E talvez nem seja culpa dele, afinal estamos a beira do final de temporada – hoje no Universal – e claro que a disposição não é a mesma, mas provavelmente é culpa da Lindsay.

O episódio já começa com Lindsay sendo abordada pela mãe. A gente já sabe que a mãe dela é encrenca. A Lindsay sabe que a mãe é encrenca. Aí a gente finge que não sabe que essa abordagem não tem  algum motivo escondido e que não vai acabar em confusão, sabendo que vai. Na delegacia a Lindsay fica com aquele bico dela, Jay tenta ajudar e não somente é empurrado por ela como ainda ganha castigo do chefe – ele ganha, a moça de bico não ganha e, como é de se esperar quando alguém infeliz está fazendo algo, ela perde as estribeiras mais tarde, ao interrogar um suspeito sem deixar a arma no armário.

O cara era um p… sacana? Era. E ele precisava revelar aonde o menino sequestrado estava? Sim. Mas não, não foi legal ela levar aquela arma lá dentro. Nem Voight faz isso (que ainda toma o cuidado de descer com o suspeito para o porão antes de fazer algo questionável). Ali, ainda que existisse o desejo de justiça para o menino, era apenas Lindsay despejando algo de muito ruim que anda se passando dentro dela.

E algo que não é novo. Na verdade, se lembrarmos do final da temporada passada, em que as coisas com a personagem já não acabaram muito bem, esse foi um ano difícil para a Lindsay e ela não soube lidar com isso – o falso pai, a crise na relação com o Jay, a perda do irmão de criação, ter matado um adolescente, é coisa para caramba.

Pior: agora ela vai ter de lidar com a consequência do que fez, já que o chefe de polícia apareceu na hora certa para testemunhar o ato da moça, e com a culpa. Porque sim, Lindsay vai se sentir culpada por não ter descoberto antes onde o meninos estava e ele pudesse ser encontrado vivo.

Ainda assim, Upton e Lindsay formaram uma boa dupla – assim como Lindsay sempre formou com a Burgess, acho que elas acabam mais apagadas quando colocadas ao lado de um parceiro homem.

P.S. A cena do menino queimado foi de virar o estômago.

P.S. do P.S. Na verdade ando meio sensível com essa coisas de “justiça com as próprias mãos”, acho que a civilização está virando em uma curva muito perigosa. Tudo é julgado rapidamente, ninguém pode errar, todos acham que podem fazer melhor que os demais. Ao mesmo tempo que me dá preguiça, me preocupa.

 

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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