Criminal Minds: Hell’s Kitchen (12×18)

“Como eu posso ser substancial se eu não faço uma sombra? Eu devo ter um lado negro também se eu sou inteiro” – Carl Jung

Não adianta, se eu fosse os roteiristas eu simplesmente passaria a faca nesta temporada e encerraria por aqui. E falo isso depois de um episódio que nem foi tão ruim assim, já que pelo menos Hell’s Kitchen conseguiu entregar um caso do qual eu me lembrava no dia seguinte a ter assistido ao episódio e também acerta com relação ao desenvolvimento da trama de Reid na cadeia, principalmente ao mostrar que por mais que ele seja um gênio, ele não é um gênio quando falamos de como as coisas funcionam lá dentro.

O problema é que apenas um episódio não tão ruim quanto os anteriores e não um episódio realmente bom.

Falando sobre o caso: um homem com uma doença rara do sangue que acaba por associa-la a uma ideia de que ele, ao beber sangue de outras pessoas, poderia encontrar uma cura. Para poder tomar o sangue ele sequestra garotas, mantendo-as presas até o momento em que elas não lhe servem mais. Sim, toda essa ideia é bem assustadora e eu imagino o que eles seriam capazes de fazer caso pudessem usar os quarenta minutos do episódio apenas focados nisto.

A grande verdade, no entanto, é que não fosse a última vítima dele ser bastante inteligente a ponto conduzir o sequestrador para o que ela queria, provavelmente ela acabaria morta antes de ser encontrada, ainda mais porque Garcia não conseguiu fazer nenhuma mágica e a equipe teve que fazer aquele velho trabalho de procurar por pistas, checar câmeras e eliminar alternativas.

Acho que foi por isso que eu acabei gostando mais deste caso do que dos anteriores.

Para Reid as coisas não foram nada boas: depois de ver um colega morrer porque ele se negou a ajudar no tráfico de drogas na cadeia, ele resolve que vai entregar as drogas, mas antes alterá-las com produtos químicos disponíveis na lavanderia. Não sei vocês, mas a ideia de colocar amônia em qualquer coisas que será consumida não me pareceu boa e meu palpite foi comprovado depois que pelo menos mais três presos acabaram precisando de socorro médico urgente.

Será que Reid acabou matando algum colega com sua ideia? Ainda que isso não tenha acontecido é impossível não achar que ele se sentirá ainda pior agora. Assim como a gente, que continua sem perspectiva de ver tudo isso acabar: a advogada em quem eu não confio se prova cada vez mais inútil, os colegas estão todas bastantes calmos, a despeito de fazerem questão de repetir que estão desesperados, e Reid cada vez mais me parece um homem que sucumbiria de forma definitiva, ainda mais agora que pode ter causado a morte de mais pessoas.

“Não pode ser visto, não pode ser sentido. Não pode ser ouvido, não pode ser cheirado. Encontra-se atrás das estrelas e sob montes, e os furos vazios enchem-no. Ele vem primeiro e segue depois, termina a vida, mata o riso.” – J.R.R. Tolkien

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Oh temporada difícil……para ter ideia….esse episodio eu assisti dublado por pura preguiça de prestar a atenção……termina logo por favor.

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