Guy Ritchie acerta ao apresentar um Rei Arthur moderno

Rei Arthur A Lenda da Espada Charlie Hunnam Jude Law Guy Ritchie

Uma destas histórias que parecem existir desde sempre e que atrai diferentes tipos de fãs, a lenda do Rei Arthur, cavaleiros da Távola Redonda, da espada Excalibur, Merlin e Morgana já inspirou livros (meus favoritos, claro, são os livros da coleção Brumas de Avalon), filmes (Excalibur de 1981 continua sendo a versão preferida de muitos) e até mesmo desenhos animados (inclusive versão anime).

Desta vez quem resolveu dar sua cara para a história foi o cineasta Guy Ritchie e é absolutamente impossível assistir a Rei Arthur – A Lenda da Espada, que estreia nos cinemas brasileiros hoje, e não saber que é um de seus filmes (roteiro e direção).

Um de seus melhores filmes.

Nesta versão o pai de Arthur, rei Uther Pendragon (Erica Bana) é assassino por Vortigern (Jude Law), seu próprio irmão. O rei apenas tem a chance de salvar seu filho, o colocando em um barco que segue para uma cidade próxima, e sua espada mágica.

Sem ideia de quem é, Arthur crescerá nos becos da cidade, criado dentro de um bordel aprenderá um jeito, digamos assim, alternativo de levar sua vida, permanecendo, ainda que com uma vida difícil, alheio a grandes preocupações. Até que se mete com quem não deve e, fugindo, acaba em outro barco, dessa vez retornando ao castelo, para onde todos os jovens seguem e são obrigados a tentar tirar a espada de Uther, presa em uma pedra. O problema é que Arthur (Charlie Hunnam) conseguirá tirá-la e descobrirá do pior jeito que está destinado a lutar pelo que seu pai perdeu.

Em meio a ruas de areia e pedra e roupas antiquadas, Guy Ritchie coloca sua marca: a edição das cenas, algumas rápidas, outras em câmera lenta, nem sempre na ordem certa, os diálogos rápidos, a trilha sonora (são apenas quatro músicas, mas parece tão mais!), a coreografia das lutas e o humor (ah, o humor inglês!). Para quem, como eu, assistiu muitas vezes à Snatch, Dois Canos Fumegantes e Rock’n’Rolla, e impossível não se sentir em casa.

A modernização fez bem a lenda, ainda que alguns possam achar estranho o ritmo um tanto “filme de super herói” que ela ganha: temos o vilão assustador, e Law realmente está bem no papel, e o menino injustiçado que descobre que junto com a espada de seu pai é capaz de coisas impossíveis.

Ele na verdade é um filme simples, com um roteiro que pode não ser digno de prêmios, mas que é inteligente. Mais que tudo é um filme em que tudo funciona muito bem e você ainda sai do cinema louco para dividir qual foi sua cena favorita – cenas, CENAS, o diálogo no fundo do bordel, a luta de Uthred e Vortigern, a cobra na sala do trono, Arthur andando com a espada, eu poderia ficar aqui por muito tempo ainda.

Eu já coloquei o trailer no blog, mas quem ainda não viu basta clicar aqui.

Para ter uma ideia do que o filme exigiu de preparação de Charlie Hunnam, que corre e luta muito ao longo do filme, dá uma olhadinha nesse vídeo divulgado pela Warner com cenas dos bastidores:

Elenco: Charlie Hunnam (Sons of Anarchy), Jude Law (Cold Mountain, O Talentoso Ripley), Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas), Djimon Hounsou (Diamante de Sangue, Terra de Sonhos), Aidan Gillen (Game of Thrones) e Eric Bana (Star Trek).

Guy Ritchie dirigiu o filme a partir do roteiro dele e Joby Harold (Awake – A Vida Por Um Fio) e Lionel Wigram, e história de David Dobkin (O Juiz) e Joby Harold. O filme é produzido pelo ganhador do Oscar Akiva Goldsman (Uma Mente Brilhante, Eu Sou a Lenda), Joby Harold, Tory Tunnell (Awake – A Vida Por Um Fio, Caminhos Opostos), e os produtores de O Agente da U.N.C.L.E. e Sherlock Holmes Steve Clark-Hall, Guy Ritchie e Lionel Wigram. David Dobkin e Bruce Berman são os produtores executivos.

O time criativo de Guy Ritchie por trás das câmeras inclui o diretor de fotografia duas vezes indicado ao Oscar John Mathieson (Gladiador, O Fantasma da Ópera), a designer de produção também indicada ao Oscar Gemma Jackson (Em Busca da Terra do Nunca), o editor James Herbert (O Agente da U.N.C.L.E., No Limite do Amanhã), a figurinista Annie Symons (da minissérie Great Expectations), a designer de maquiagem e cabelo Christine Blundell (Sr. Turner, Sherlock Holmes), e o supervisor de efeitos visuais indicado ao Oscar Nick Davis (Batman: O Cavaleiro das Trevas). A música é de Daniel Pemberton (O Agente da U.N.C.L.E.).

A Warner Bros. Pictures apresenta, em associação com a Village Roadshow Pictures, uma produção da Weed Road/Safehouse Pictures e Ritchie/Wigram Production, um filme de Guy Ritchie, Rei Arthur: A Lenda da Espada. No Brasil o filme tem distribuição Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment, e em territórios selecionados pela Village Roadshow Pictures.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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