Cinema: A Lenda de Tarzan

A-Lenda-de-Tarzan

É possível reinventar uma história já contada quase uma dezena de vezes no cinema – sendo a primeira delas em 1928 – e conseguir surpreender o público? Sim: Conte uma história com o personagem, e não a mesma história do personagem.

A Lenda de Tarzan, produção da Warner Bros. Pictures e Village Roadshow Pictures, tenta fazer isto com a aventura de ação protagonizada por Alexander Skarsgård (True Blood) como o célebre personagem criado por Edgar Rice Burroughs e eu fico feliz em dizer que tem sucesso na empreitada.

O filme, que chega aos cinemas do Brasil no próximo dia 21 de julho,  tem direção de David Yates (responsável pelos quatro últimos filmes da franquia Harry Potter e também pelo ainda não lançado e muito aguardado Animais Fantásticos e Onde Habitam) e é assumidamente um blockbuster de verão – e é assim que devemos assisti-lo.

A história de A Lenda de Tarzan apresenta, na verdade, uma sequência aos eventos que já conhecemos envolvendo o personagem: passaram-se anos desde que o homem conhecido como Tarzan deixou as selvas da África para trás. Ele agora é herdeiro de uma imensa fortuna e leva uma vida tranquila como John Clayton III, Lorde Greystoke, com a esposa Jane a seu lado. É então convidado a voltar ao Congo para servir como emissário de comércio do Parlamento Britânico sem saber que, na verdade, é uma peça usada um uma ação de ganância e vingança.

É um filme tremendamente linear e tremendamente óbvio: Existem um homem mau fazendo coisas ruins a pessoas boas e é necessário que herói vá lá e salve todo mundo. Os personagens também são todos unidimensionais: o herói é muito heroico, o vilão é muito mau, a donzela é muito donzela e assim por diante. E o que pode parecer uma crítica negativa na realidade não é, pois o elenco soube construir uma interpretação óbvia sem que ela pareça forçada, estão todos perfeitos em seus papéis. É diversão e, como diversão, é um ótimo filme!

Particularmente interessante foi a solução encontrada pelos roteiristas para contar sua história “nova” e ainda assim fazer com que nos importássemos com o personagem principal: eles sabem que todos conhecemos a história original e ao longo da trama vão incluindo flashbacks da vida do personagem na selva, apelando, assim, para nossa memória afetiva.

Claro que um dos grandes atrativos do filmes são suas cenas de ação na floresta então, se eu posso lhe dar um conselho: assista em 3D e, melhor ainda, em uma sala Imax. A cabine de imprensa rolou na sala Imax do Shopping JK e eu garanto que você realmente “entra no filme”. Em tempos em que o 3D é usada para tudo e qualquer coisa, continua sendo um prazer ver o recurso sendo muito bem utilizado como aqui.

A Lenda de Tarzan também é estrelado pelo indicado ao Oscar Samuel L. Jackson (“Pulp Fiction: Tempo de Violência”, filmes “Capitão América”), Margot Robbie (“O Lobo de Wall Street”, ”Uma Repórter em Apuros”), o indicado ao Oscar Djimon Hounsou (“Diamante de Sangue”, “Gladiador”), o vencedor do Oscar Jim Broadbent (“Iris”) e o duas vezes vencedor do Oscar Christoph Waltz (“Bastardos Inglórios”, “Django Livre”). A música tema é Better Love, cantada por Hozier e ele foi inteiramente filmado nos Estúdios Warner Bros. em Leavesden, localizado no Reino Unido.

Ah, a pré-estreia do filme, que acontecerá na próxima segunda, 18 de julho,  às 19h30, no Caixa Belas Artes em São Paulo, deve contar com a presença do protagonista do filme.

 

*****

Em São Paulo A Lenda de Tarzan invadiu o metrô: na Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo um dos carros foi totalmente modificado usando imagens do filme e elementos que remetem às florestas africanas. Isso mesmo, a qualquer momento você que usar esta linha poderá ser surpreendido e se sentir dentro do filme. A ação, voltada para promover a estreia do filme em 21 de julho, segue até o dia 7 de agosto.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta