Cinema: Procurando Dory #oieusouadory #maecomfilhos

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Procurando Nemo não foi somente um dos maiores sucessos em animação no cinema, ele foi um filme que deixou marcas (continua deixando) com uma história de amor paterno e amizades irretocável, com personagens cativantes, com imagens de encher os olhos. Prova da capacidade do pessoal da Pixar de que é possível conquistar crianças e adultos, deixá-los apaixonados, sem subestimar a capacidade dos primeiros.

Então como fazer uma continuação para algo tão perfeito? Será que ela será boa como eles conseguiram fazer com Toy Story ou será repetitiva e esquecível como fizeram com Carros? Será que vão conseguir de novo nos fazer deixar o cinema já pensando quando veremos o filme novamente?

Sim, conseguiram. Estive com a família na pré-estréia de Procurando Dory a convite do blog (instagram, g+, facebook, grupo de acolhimento) Mãe Com Filhos e saímos todos (todos mesmo), naquele estado de encantamento que apenas as boas histórias são capazes de nos trazer.

Parenteses Como sabem sou fã apaixonada de Ellen DeGeneres, a voz de Dory nos EUA, e eu estava contando horas para ver o filme depois de acompanhar as novidades que a apresentadora divulgava nas redes sociais desde o início da produção. Fecha Parenteses

Dessa vez é Dory, a peixinha que sofre de perda de memória recente, que tem sua história de busca pela família e temos a oportunidade de conhecer sua história passada. Sim, Dory bebê é a coisa mais fofa e é impossível não sair repetindo “Oi, eu sou a Dory” por aí.

Dory, em sua busca, nos mostrará que ela encontrou sua própria maneira de lidar com a perda de memória, ou melhor, ela encontra “sua própria maneira de lembrar”, como sua mãe bem diz. E esta maneira nos mostrará que ainda que não lembremos de tudo que vivemos, sempre guardaremos conosco o que for importante, sempre guardaremos o necessário para continuar  navegar, ou nadar, como já sabemos que deve ser.

A história da busca de Dory, e da busca de Marlin e Nemo depois que se perdem da grande amiga, ensina sobre o fato de que não é preciso ser forte e auto-suficiente o tempo todo, na verdade é perfeitamente ok não conseguir fazer algumas coisas sozinhos.

Então ela encontrará amigos improváveis, a maior parte deles nos mostrando que todos temos fraquezas ou defeitos, e saberá a quem pedir ajuda, mesmo que ela não lembre porque escolheu pedir ajuda a aquele determinado amigo. Mais que tudo, o filme ensina que não é preciso curar, consertar, mudar algo para ser feliz. Não é preciso “entrar na caixa”.

Do outro lado, o Marlin super protetor com seu filho e depois com a amiga Dory também vai aprender que nem sempre o nosso jeito de fazer as coisas é o único, muito menos o melhor jeito. Acho que todos nós precisamos de vez em quando praticar o “o que a Dory faria se estivesse nesta situação?” e acreditar que somos capazes de fazê-lo.

Sim, é isso que a Dory faz de melhor: ela pode não lembrar das coisas, mas ela nos lembra que vale a pena acreditar que vai dar certo, que vale a pena acreditar que saberemos que caminho tomar.

Procurando Dory estreia nos cinemas brazucas nesta quinta, dia 30 de junho.

P.S. O filme, além de lindo, é divertidíssimo. Lembre-se de mim quando todos rirem muito quando Bailey estiver ajudando Destiny.

P.S. do P.S. A vontade ao deixar o cinema, além de a de ver o filme de novo, é correr no primeiro centro de recuperação da vida marinha que existir. O cenário de Dory recupera animais marinhos e, sempre que possível, os devolve a natureza, o que deveria ser o objetivo final de todo e qualquer aquário/zoológico/viveiro etc.

P.S. do P.S. do P.S. Falando em Aquário: quando Procurando Nemo foi lançado a busca pelo peixe palhaço aumentou substancialmente e muitos foram tirados da vida marinha para viver em cativeiro. O peixe palhaço hoje é uma raça próxima da extinção. O peixe paleta, raça da personagem Dory, ainda sofre mais ainda deste risco, já que sua espécie não é capaz de se reproduzir em cativeiro. Então, papais e mamães, ao invés de darem um peixe ao seu filho, pensem na troca, aqui saudável, por um bicho de pelúcia ou um brinquedo de banho.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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