A maior parte das séries precisa de um tempinho para o “alinhamento” das coisas: personagens se integrarem em um mesmo ritmo e o roteiro aproveitar o que de melhor cada um deles tem. A Mãe foi o episódio em que isso aconteceu em Tempero Secreto, com o mérito de serem conduzidas três tramas paralelas: a busca de Cecília por mais “pó” na fonte; a de Ítalo por uma substituta para Dona Maroca e Conrado dando uma lição em Tita quanto ao elemento humano de um salão de restaurantes.
Cecília e Tae Hun fazem aquela dupla completamente improvável e por isso funcionam bem, além de terem arrumado um coadjuvante ótimo para interpretar os japonês, chinês e coreano com quem a moça negociou. Aquele momento em que a falta de noção da personagem garante que você dará risadas.
Já Ítalo começou a se preocupar com o fato dos clientes quererem conhecer a dona Maroca e não aceitarem mais que ele ganhe as glórias do tempero perfeito. A trama, que era a mais fraca do episódio, ganhou brilho quando a mãe de Conrado surgiu como uma dona Maroca de sotaque argentino – segundo ela, sotaque da Moóca, meu!
Mas foi a dupla Tita e Conrado que ganhou meu coração: atender pessoas é o maior desafio de qualquer tipo de negócio e vamos dizer assim que o restaurante conseguiu atrair os piores estereótipos de “cliente ruim” em apenas uma refeição. Confesso que eu curti tanto quanto o Conrado quando a doce Tita percebe que não dá para lidar com todo mundo com a gentileza que ela carrega no coração.
A cena final dos dois dividindo um queijo quente foi muito amor!! Vou lá fazer um pra mim!!! <3