Scorpion: The Fast & the Nerdiest e Ticker (2×18 e 2×19)

Se eu deixei o texto sobre o episódio 18 passar na semana passada confesso que não foi à toa: além de enrolada demais com o trabalho, vamos combinar que tanto ele como o episódio seguinte não foram tão empolgantes como os anteriores, ainda que eu já tenha gostado mais de Ticker.

Mas não vamos interpretar isto de forma errada: estamos falando de uma série que teve 17 episódios seguidos muito bons e que, ainda não sendo um drama sério, conseguiu desenvolver seus personagens ao longo do caminho – ainda que pisando na bola com o Walter uma vez ou outra, aqueles momentos em que você pensa que ele está mais chato do que era antes.

The Fast & the Nerdiest gasta pelo menos 5 minutos de seu tempo com a participação de Sly no programa The Price Is Right – ele em seu fofo projeto de dar o nome da Megan para uma ala nova do hospital – e não é que não foi engraçado, mas foi isso, foi gasto.

Outros 5 minutos foram gastos com a primeira crise do namoro de Toby e Happy. Sim, primeira crise tipo uma semana depois do começo do namoro e por causa do vício do Toby em jogar e a falta de confiança da Happy em, bem, qualquer pessoa. Se eu elogio a parte de desenvolver personagens, preciso criticar quando eles exageram na caricatura, certo? Então acho que deixar a relação dos dois fluir mais um pouco é interessante para os personagens e para nós também.

Sobram, então, pouco menos de quarenta minutos para introduzir um amigo de infância de Cabe, nos fazer não confiar nele, envolver a equipe numa trama com uma gangue que usa carros importados e exportados para tráfico de drogas e, vejam vocês, vírus biologicamente desenvolvidos para matar uma parte da população de um vilarejo distante não sei onde. Hummmm, acho que não foi um bom dia para uma trama tão complicada e The Price Is Right e crise em relacionamentos, certo?

Se dá para elogiar algo? Sim, sempre dá. Como por exemplo o finalzinho, com Walter pagando um curso de artes pro Cabe depois de descobrir mais sobre o passado desse que é quase um segundo pai para ele.

Ticker, como eu disse, me agradou mais. Walter sofre um acidente de carro, milagrosamente não causado por ele, e acaba no hospital a tempo de que Toby identifique um vírus mortal raro em um paciente e eles possam ajudar na identificação de quem foi responsável pela contaminação do sangue não somente do hospital como do banco de sangue da cidade – um maluco dono de indústria farmacêutica, essa era fácil de descobrir.

A coisa se torna ainda mais série por causa de Olívia. Que menina linda!! Walter e ela criam um vínculo rápido, ele identificando no isolamento dela por conta da doença o que ele mesmo viveu quando era menor.

Acho que ele funcionou melhor para mim por vários motivos: o tempo maior permitiu que as coisas fossem tratadas sem pressa, enquanto a ligação de Walter com a mínima deu o tom de urgência que a gente precisava para se envolver e ainda sobrou o tal dono da empresa que a gente pode odiar desde a primeira vez que vimos.

E a gente ainda descobriu que o Walter é ruim em mais uma coisa além de encontros românticos: atirar coisas. Não importa quantos cálculos ele faça para isso. Agora quem se sente mais próxima dele sou eu: nunca conseguirei acertar um alvo na vida!!!

P.S. Irmão da Julia Roberts: canastrão, não importa o papel, por isso a gente nunca confia nele.