Samsung e Apple ouvem o mercado em seus novos lançamentos

Sim, houve um tempo em que a Apple nos dizia o que queríamos antes mesmo que soubéssemos, mas hoje em dia, como recursos cada vez mais parecidos entre si e com um maior intervalo entre os grandes avanços tecnológicos, as empresas parecem mais atentas às necessidades imediatas do público para manter suas vendas.

Há uma semana a Samsung lançou no Brasil o S7 e o S7 Edge (eita aparelho lindo!) e o novo aparelho, considerado por algumas publicações o melhor do mundo, trouxe de volta o recurso de armazenamento adicional com cartão MicroSD e uma câmera com maior sensibilidade sem luz, ainda que com redução de Megapixels.

samsunf s7 edge

Outra novidade é a resistência à água – testada aqui – que a Motorolla já havia trazido em um de seus modelos.

Parece que até mesmo a bateria teve desempenho melhor que o esperado.

Possibilidade de armazenar mais, câmera melhor e bateria com maior duração são, sem sombra de dúvida, os pedidos mais comuns entre os usuários de smartphones.

Mas no mundo das telas enormes, diminuindo as diferenças de tamanho entre telefones e tablets, tenho visto muitos amigos pedindo por telas menores. Se para alguns pode parecer estranho, acho que sim, existe um mercado enorme para isso: pessoas que querem que o celular caiba em seu bolso quando em trânsito e que ainda usam computadores na maior parte de seu dia.

Esse segundo pedido foi atendido pelo lançamento de um iPhone menor nesta semana: com boa parte dos recursos do modelo 6 e 6S, o iPhone SE traz o tamanho do modelo anterior da linha, com tela de 4″.

iphone se

Para quem acha que a Apple pode estar dando um tiro no próprio pé baseado no que aconteceu com o iPhone 5C, aponto pelo menos dois pontos a favor da novidade: seu corpo não é plástico, o que dava um aspecto feio ao modelo anterior (ainda que eu ache o design atual do 6S muito mais bonito) e o fato dele manter os aspectos técnicos mais importantes dos demais modelos, enquanto o 5C perdia no desempenho.

Agora, enxergo uma outra coisa baseada nestes lançamentos: em um cenário em que os celulares premium tem desempenho cada vez mais próximo de modelos topo de linha de marcas menos badaladas e em que temos crise financeira, convencer o consumidor a pagar bem mais apenas pelo apelo da marca ou pela beleza do aparelho não é tão fácil.

No Brasil a coisa fica ainda mais complicada: a alta do dólar aumentou os valores dos itens importados de maneira geral e com o fim da MP do Bem no início deste ano aparelhos topo de linha e intermediários passaram a custar ainda mais caro – os lançamentos da LG de aparelhos intermediários realizados recentemente demonstram bem o efeito disso, ao invés de oferecerem novos recursos, a marca optou por focar em preços e não entregou grandes novidades.

Repito, então, o conselho que dou sempre: pesquisa muito antes de decidir o seu próximo celular. Hoje temos marcas menos badaladas oferecendo ótimo desempenho por preço honesto, mas também temos aparelhos como os intermediários da LG, que custam mais, mas não entregam o que você pode conseguir de melhor na mesma faixa de preço.

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Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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