Haven: Perditus (5×19)

Gente, odeio zumbi. Sério. Quando eu vi por onde o roteiro deste episódio seguiria após encontrarmos a moça cuja perturbação era trazer pessoas à vida e, em seguida, vimos um deles se alimentando de outra pessoa, já comecei a sentir “gastura” (como diria minha mãe) e agradeci aos céus o fato de que eles não levaram a trama muito mais longe.

O principal motivo do surgimento dos zumbis perturbados foi permitir trazer Charlotte de volta, nem que por algumas horas, e com ela lançar a bomba principal nesta reta final da série: Dave é Croaton.

Mas não vou adiantar assunto, apesar da tentação: Nathan é quem vai em busca de uma solução para o grande problema que significou a morte de Charlotte. Eles sabem o que é preciso fazer para acabar com as perturbações, mas não como. Audrey só tem uma parte da resposta.

A meu ver, uma perturbação que permitisse falar com os mortos funcionaria tão bem quanto os zumbis – para mim funcionaria melhor, mas isso é porque eu não gosto deles – e economizaria o tempo que o episódio gastou com o pessoal fugindo de ser comido.

Do outro lado, o retorno temporário de Charlotte permitiu que ela se despedisse melhor de Audrey e Dwight, em duas bonitas cenas, além da bomba soltada nos últimos minutos: quem lembra da cena de sua morte a ouviu falando com aquele que seria seu marido. Estranhamente, Charlotte e Dave se encontraram várias vezes desde sua chegada à cidade, mas ela nunca o reconheceu deste modo.

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Teria Dave mudado fisicamente? Ou será que ele, em seus transes, é tomado pelo “espírito” (ou equivalente) do Croaton?

Se a ideia nos soa interessante, ela também se torna um perigo: mais um mistério a ser resolvido antes que a série acabe. Além disso, a explicação de Charlotte do que é necessário para criarem um novo celeiro também apresenta um grau de dificuldade enorme: obter um cristal, preso do lado de lá da lumina, que eles não podem abrir enquanto houver nevoeiro,  e usá-lo junto com o éter moldado por Audrey.

Além disso, as cenas confusas de Duke “andando pelo próprio subconsciente” nos indicam que ele voltará a cidade e também terá seu papel nesse plano, já que seria ele próprio um descendente de Croaton – e assim irmão de Audrey e Mara, pensaram nisso? Como ele voltará para a cidade que não existe para quem está do lado de fora? Mais um mistério.

São tantas as pontas a serem amarradas que eu realmente tenho medo de não darem conta.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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