Dizia Caetano que Narciso acha feio o que não é espelho, mas The Librarians trouxe um moderno Dorian Gray para nos mostrar que a necessidade atual de nos tornarmos celebridades em um clique pode sim alimentar a vaidade do outro.
E sim, eu adorei o fato de nossos bibliotecários terem sido levados para Londres e que tenham usado um dos grandes personagens da literatura para a trama do episódio, mas fiquei um tanto decepcionada com a execução – talvez porque tinha achado os últimos episódios da série bem redondinhos.
Passei boa parte do episódio intrigada pelo fato da Eve não se preocupar mais com o fato de Cassandra parecer bêbada sem que ela tivesse bebido nada, no mínimo eu teria encostado o bartender na parede perguntando se ele tinha batizado a água da moça.
Depois tivemos o desfecho, com a ideia inicial de substituir as fotos utilizadas por Dorian para fazer seu retrato por fotos de Eve e que foi virada na ideia de que um retrato de Eve fosse formado por fotos dele e então ela saltasse daquele prédio para que o moço sumisse no ar.
Eu simplesmente não entendi. Sério. Ela morreu mas como o retrato dela usava fotos dele ele que morre e ela fica viva? Mas como transferiram a magia do retrato original para o retrato dela? Olha, fiquei com a maior cara de ué.
Ainda estava com a mesma cara quando Jenkins avisa à moça de que grande perigos a frente virão – e eu já tinha dito isso para vocês, né?