Sei que metamorfos já apareceram na maior parte das séries, isso depois de frequentarem o imaginário popular por conta de lendas, contos e livros. Só que não adianta, toda vez que eu penso em metamorfo eu penso em Fringe. Engraçado como algumas coisas marcam a gente – e eu tenho certeza de que quem me conhece há muito tempo achou que eu ia falar Supernatural, não é? Sim, eles também marcaram presença por lá.
Neste episódio de The Librarians o metamorfo da vez motivou algumas lendas indígenas e ressurge quando o pai de Jake resolve perfurar um terreno onde acredita-se que existia um cemitério e suas maldições.
O roteiro trabalho bastante bem a questão desse espírito/monstro/maluco tomando lugar das pessoas e assim causando as mais diversas desavenças, mas a principal sacada do roteiro foi mostrar porque ele conseguia isso: as pequenas e grandes mentiras que as pessoas contam. A primeira, do pai de Jake, foi capaz de libertá-lo, as seguintes lhe alimentam e permitem que ele consiga ir fugindo ileso enquanto as pessoas ficam a ponto de se matar.
E então temos a segunda boa sacada do roteiro: se as mentiras o alimentam e libertam, a verdade poderá prendê-lo enquanto liberta todos os demais.
A forma como isso é introduzido na trama, com Jake, Cassandra e Zekie tendo que contar a verdade sobre o que os afastou depois da ida ao Perú também foi uma boa escolha, já que aproximou os protagonistas, e acabou funcionando como incentivo para que Jake assumisse suas muitas mentiras ao longo dos anos por medo do que seu pai pensaria dele.
Eles também não deixaram de lado a confusão em que a biblioteca continua, dando pitacos aqui e ali de Eve e Jekins tentando entender o que realmente está acontecendo.
E é bom a gente prestar atenção, porque estou achando que essa é a grande trama da temporada, não tem cara?