X Company: Kiss of Death e Sixes & Sevens (1×03 e 1×04)

Música do episódio Sixes And Sevens para você ouvir enquanto lê, aqui.

Acho que ao final desta temporada terei uma reclamação: por que tão curta? Pelo menos essa é a única coisa na que consigo pensar depois de mais dois excelentes episódios da série, o primeiro colocando a equipe em grande risco, o segundo tendo a cena final mais linda do mundo.

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Kiss of Death foi o episódio de Aurora: ele começa nos mostrando Alfred em uma estranha situação, em uma cela com a foto de Aurora. Em seguida o grupo recebe a confirmação da morte de René – ou pelo menos parece muito com ele – pouco antes de receberem a missão de obter arquivos em posse dos alemães e salvar um físico ligado a pesquisa da bomba atômica.

Apesar de entender porque Aurora e Duncan não hesitam em se manter no trabalho mesmo depois de perder pessoas importantes, a gente não pode esquecer que essa decisão pode acabar pondo em risco não somente os colegas, como a operação inteira e o próprio episódio não demorou ao nos mostrar isso ao colocar a moça frente a frente com um dos principais torturadores alemães disposto a violentá-la.

Após a morte de René é fácil assumir que as coisas se tornaram mais pessoais para Aurora e se num momento ela usa isso a seu favor, ao ser empática com o soldado alemão que tem medo de ser descoberto como gay, no seguinte ela se coloca muito em risco ao matar o torturador no banheiro de um restaurante infestado de alemães.

Tê-lo morto pagava esse risco? Como ela teve sucesso, vamos assumir que sim, mas isso acabou jogando pelo ralo o que Alfred fez ao substituir a foto dela nos arquivos por de outra garota e, mais, coloca-lhe entre as mais procuradas pelos alemães agora.

E é impossível não pensar no tal comandante recebendo informações sobre missões não autorizadas, não é verdade?

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Temos, então, Sixes and Sevens, para mim o melhor episódio até aqui por N motivos: por mostrar mais de Alfred e de que ele pode ser mais importante do que um simples decorador de informações; por colocar Aurora de bicicleta, blusa listrada e saia azul marinho com poás, na perfeita demonstração do estilo navy que tanto amo; por deixar Harry em apuros tendo de fazer um parto, mas compensar com a cena dele andando pela estrada com o bebê nos braços; por deixar que Neil baixar a guarda ao falar de sua única família que resta com o garoto que ele julgava não ser merecedor de ser salvo; por deixar que um mero figurante possa ter tanta importância, como é na vida real, e mostrar seu sofrimento na cadeia; e, principalmente, por nos entregar aquela cena na estação de trem. Nós todos morrendo de aflição e uma linda canção para tentar nos consolar.

Se o episódio anterior foi de Aurora, aqui ele foi todo de Alfred.

As cenas que tentam nos demonstrar como ele “sente” as coisas sempre estão entre as minhas favoritas e agora ganharam a companhia de sua descrição do efeito da música sobre ele para eu gostar ainda mais. Impossível não querer o tal imenso céu de que ele fala, não é mesmo?

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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