Filme: A Teoria de Tudo

Jane Wilde era uma garota comum nos anos 60 pós guerra. De uma família tradicional e bastante religiosa ela ainda não sabia exatamente o que faria de sua vida quando se viu interessada pelo quase vizinho Stephen Hawking.

Os dois compartilhavam de uma timidez que não os impedia de dizer o que pensavam. E, apesar dele ser ateu e ela muito religiosa, adoravam ouvir um ao outro falando sobre suas crenças.

Foi então que o diagnóstico de ELA de Stephen poderia tê-los separado de forma definitiva.

Só que não foi isso que aconteceu: Jane e Stephen apostaram no amor, ainda que por um curto período de tempo – quando foi diagnosticado, Stephen recebeu o prognóstico de apenas 2 anos de vida.

Casaram-se e, a partir daí, cultivaram uma relação de 20 anos bastante rica e tiveram três filhos. Tudo isso enquanto “this little one” (assista ao filme, entenda a referência) decifrava os segredos do tempo e espaço usando equações matemáticas.

Filme A teoria de tudo - Eddie Redmayne e Felicity Jones

Com cinco indicações ao Oscar 2015, incluindo Melhor Filme, A Teoria de Tudo tem como base a autobiografia de Jane Wilde. No período em que estiveram juntos, apesar do diagnóstico de atrofia motora no cérebro, doença que futuramente o deixaria paralisado e sem a habilidade de falar, Hawking continuou seus estudos, recebeu diversos prêmios e escreveu sua obra mais conhecida, o best-seller Uma Breve História do Tempo: do Big Bang aos Buracos Negros.

Eddie Redmayne (de Sete Dias com Marilyn e Os Miseráveis) incorpora de maneira surpreendente o personagem, nos levando a ter dúvidas se certas cenas do filme não se tratam de filmagens pessoais de Stephen Hawking.

Já Felicity Jones dá o tom certo às emoções conflitantes que Jane passa ao longo de sua vida, porque o amor nos sustenta, mas nem sempre ele facilita as coisas.

Além das atuações vale destacar o cuidado com o roteiro, que conseguiu resumir os pontos importantes de um livro de quase 500 páginas – e  praticamente uma vida – de forma a termos uma dimensão real do que Jane e Stephen conquistaram.

Dizem por aí que a forma como uma história é contada é que faz toda a diferença e, bem, eles souberam como contar essa história, escolher lugares e cortes, elenco e músicas – Eu sempre conheço os atores ingleses de outras obras, vocês também? Isso acaba causando uma gostosa sensação de familiaridade.

filme a teoria de tudo hawking e a estátua de cambridge

Um daqueles filmes que te levam a viajar de tal forma que assistir aos créditos se faz necessário antes de aterrissar de novo na vida real e que, mesmo depois disso, muda a forma como você olha o mundo real a partir de então.

Impossível não sair fã de Stephen e, mais ainda, de Jane: um casal predestinado a trilharem juntos um caminho e que mais de uma vez deixaram de lado o interesse próprio pela felicidade do outro sem nenhum outro interesse que não esse.

A Teoria de Tudo estreia no próximo dia 29 de janeiro nos cinemas brasileiros e você não vai querer perder.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Oi, Simone!
    Só leio comentários positivos sobre o filme. Já sou fã de Stephen Hawking e com certeza irei assistir!
    🙂
    Beijus,

    Responder

Deixe uma resposta