Feliz 2015

“Então é isso, 2015 está aí na frente. E em 2014 eu repeti muitas vezes que o ano não estava sendo fácil e que a camiseta da virada merecia a frase ‘2014, eu sobrevivi’ pra quem chegasse até a reta final – ao longo de outubro eu achei que não sobreviveria.

Mas sabe que eu fui olhar no meu pote de Boas Lembranças antes de viajar e percebi que ele poderia não estar lotado até o topo, mas tinha vários e vários papeizinhos pra me lembrar que teve muita coisa boa, que ás vezes pode passar despercebida.

Em um episódio bem querido de Doctor Who, o do ‘ultimate ginger’, com direito a Van Gogh e tudo, tem um diálogo entre o Doctor e a Amy do qual me lembrei quando olhei o tal pote: ‘As boas coisas nem sempre aliviam as coisas ruins, mas, no sentido contrário, as coisas ruins não necessariamente estragam as boas coisas ou fazem delas menos importantes.’

E é isso mesmo.

Então escolho, tentando manter a minha principal meta nesta ano que era dar valor as menores coisas boas, encerrar este ano agradecendo por tantas e tantas graças que consegui.”

POTE DE BOAS LEMBRANÇAS

E foi assim que eu comecei uma das poucas atualizações em meu Facebook nesse período de férias em que a internet da Vivo parece ter fugido do litoral norte de São Paulo – apesar da moça do atendimento me jurar que não tinha nada demais acontecendo.

Realmente em 2014 passamos por momentos difíceis, eu, você, quase todos que conheço. Pessoas lindas nos deixaram, alguns parentes próximos, outros desconhecidos que só cumprimentávamos ao passar por determinada rua.

Dinheiro faltou para outro tanto de gente. Casamentos foram desfeitos. Pais perderam seus filhos, naquela inversão imperdoável da ordem das coisas.

Outubro foi um mês inteiro negro, era tanto ódio se destilando de todo lado que eu quase cancelei a internet antes de perceber que o que eu via na rede era só reflexo do que acontecia na vida real.

Ao que parece é mais fácil lembrar dessas coisas ruins quando outras coisas ruins acontecem. Então, se eu posso te dar algum conselho para esse 2015 que se inicia é: faça seu pote de boas lembranças. Anote num caderno. Leve com você por todo lado. E olhe para ele quando o dia se tornar difícil. Abra um papelzinho, respire fundo, acarinhe um gato ou cachorrinho e comece de novo.

Acredite de novo.

Que 2015 seja um ano leve, gentil e doce.

Que as pessoas tenham mais empatia, porque quando a gente sente o que o outro sente fica mais difícil ser maldoso, mesmo que por um minuto.

E que você tenha forças para encarar todas as subidas que vierem.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Então a primeira coisa boa pro pote: teu post!
    Certeza é que sempre haverá luta. Porque faz parte. E graças a pessoas como tu, a vida fica melhor. Que a gente se veja ao vivo este ano, já que no último não rolou!
    beijo

    Responder

Deixe uma resposta para Lucia FreitasCancelar resposta