The Newsroom: Main Justice (3×03)

Começando pelo começo:

Para ouvir a versão completa da música Anything Goes, de um musical da Broadway de mesmo nome, clique aqui. Você vai lá, começa a ouvir, e volta aqui para ler, combinado? Só que não vai encontrar a frase final do Gary, ok?

Metade da temporada. Sim, todo e qualquer texto que você ler sobre The Newsroom  nesta temporada se inicia com lamentos pelo fato dela ser curta e pela série partir tão cedo, pouco importa a nacionalidade da pessoa que estiver escrevendo.

Isso e algum comentário sobre a velocidade com que as coisas estão acontecendo. Se a frase de Gary não aparece ao final do vídeo para o qual coloquei o link aqui, bem, eu aposto e ganho que nós poderíamos repeti-la várias vezes, começando pela invasão do pessoal do FBI ao estúdio e terminando pelo fato de que, bem, talvez Will não seja tão intocável quanto pensa e que sua estratégia pode ter dado errado, sem esquecer do tal gerente que a Maggie colocou na entrevista e que literalmente falou que estamos todos condenados.

Seria ele um louco, daqueles que pregam o fim do mundo, e a reportagem da vida da Maggie acabou se tornando um fiasco? Porque eu e você sabemos que a coisa realmente está feia, mas eu não declararia que o final do mundo já tem data.

Além das várias situações em que pudemos soltar palavrões, Main Justice deu a nítida impressão de que foi o episódio do terceiro ato, o ato final de que Will e Mac falaram logo no primeiro episódio:com um prazo para divulgar ou não os documentos, com a justiça segurando Will pelos pés e com Neal fugindo para a Venezuela – sério? -, eles ainda conseguiram apertar a questão da venda da ACN com o aparecimento de um extravagante candidato a novo proprietário.

E eu fui gentil ao usar extravagante.

Principalmente: os roteiristas resolveram que nenhuma conclusão será fácil. Estamos aqui, vibrando com teatro armado por Charlie e Mac, mas concordando quando Will diz que não ter certeza de que “somos os mocinhos aqui”.

Hallie realmente seria diferente de Will? Ou de qualquer um naquela salas de reuniões quando eles decidem que história ganha o primeiro bloco? E o que a gente acha disso? Faz parte do jogo, bem vindo ao capitalismo?

Tudo isso intercalado com o drama pessoal de Don e Sloan, que começa com um sim, não ou mais ou menos no quanto Gary se deixou levar pelo envolvimento sexual com essa ou aquela moça da equipe e termina com Don enfiando um petisco boa a dentro de um desconhecido a fim de esconder que ele e Sloan são um casal.

E tudo tão rápido que você precisa ver duas vezes.

Para onde a gente corre agora? Pro sofá, ansiosos pelo que virá, loucos para que os três próximos episódios não terminem.

The Newsroom: Main Justice (3x03)

P.S. Mesa dos perdedores no casamento: por que eu não pensei nisso doze anos antes?

P.S. do P.S. Um programa sobre perseguidores de Danny Glover. Quem mais acha que ele teria grande audiência?

P.S. do P.S. do P.S. Quase imperceptível o paralelo entre o diretor de RH falando que Will é famoso demais e por isso intocável e Will acreditando nisso ao chamar para si a atenção já que ele sabe o nome da fonte.

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. O oficial de justiça praticamente se desculpando por entregar a intimação: sem preço!

 

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Eu não sabia se ria ou se chorava com aquela entrevista! Mas não acredito que ele seja louco, não, e acho que uma boa dose de alarmismo faz bem pra ver se os Estados FAZEM alguma coisa. Os dados são mesmo catastróficos.

    O contraponto da Hallie está ótimo. Nem sei se é mesmo um contraponto, está mais para um corolário dessa temporada, em que o tema “Responsabilidade da Mídia” está mais forte que nunca.

    Tenho visto os episódios pausando e voltando – tanto para saborear quanto para apreender, porque realmente o ritmo está alucinante.

    E domingo acaba. :(((

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    1. A gente sabe que os dados são catastróficos – aqui em São Paulo, então, sabemos bem disso – mas eu achei muito doido um cara do governo falando daquela forma, sabe?

      No mínimo assistir duas vezes a cada episódio. No mínimo.

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