“Como as pessoas te tratam é o carma delas. Como você reage, é o seu.” – Wayne Dyer
Independentemente da pedofilia ser um dos piores crimes que conhecemos, e para quem é pai normalmente ver algo relacionado a isso é especialmente assustador, o que realmente mexeu comigo na trama deste episódio, ou na experiência que sabemos ter sido vivida pelo Morgan, é o uso da confiança de uma criança contra ela mesma.
Eu não consigo imaginar traição maior.
Talvez por isso tenhamos a tendência a entender pelo menos parte do que aconteceu aqui, quando três jovens que sofreram abuso em sua infância resolvem obter justiça de quem lhes traiu de forma tão vil. E escolhi usar justiça ao invés de vingança justamente por esse entendimento.
E porque, na verdade, pelo menos um desses jovens esperava conseguir uma confissão gravada do homem que os traiu. Outro buscava simplesmente por vingança. O problema é que o terceiro havia se tornado o reflexo do abusador e para este eu acho que não existiria justiça possível.
Achei todo o tom do episódio bastante pesado e ele acabou pior ainda, ao nos mostrar que a sobrinha de Kate possivelmente se tornando alvo de um desses malucos – acho terrível que esses agentes sempre acabem passando por coisas também pesadas em suas vidas pessoais.
P.S. Morgan esteve muito bem neste episódio e achei legal a forma como Kate não “forçou” o assunto com ele. Cada dia gosto mais da personagem, que parece ter se inserido tão bem na equipe.
P.S. do P.S. Por mais que alguém tenha nos feito mal um dia, ao escolhermos fazer o mal também a responsabilidade é unicamente nossa. Então sim, o rapaz merece acabar na cadeia porque ele poderia ter feito outras escolhas.