CSI: Kitty e Dead In His Tracks (14×21 e 14×22)

A beira da chegada da nova temporada de CSI no Canal AXN  – sim, a série vai mudar de canal, de novo – foi preciso tirar a poeira dos episódios que encerraram a décima quarta temporada para vir aqui falar do que eu achei. Aí eu me toquei que não tinha escrito até agora não somente pela bagunça que o Sony conseguiu fazer com a exibição, repetindo o que não devia e não exibindo o que devia, como também pelo fato de que tivemos um final de temporada decepcionante.

Bom, vamos ser sinceros: foi um final de temporada a altura de uma temporada tremendamente inconstante.

CSI Kitty Patricia Arquette s14e21 - CSi Cyber

Kitty (14×21), por exemplo, tinha por objetivo lançar a nova franquia da série, CSI: Cyber, estrelado por Patricia Arquette e focado em crimes digitais. Então a cena de crime simples com uma vítima e sangue por todo lado e com o marido como suspeito óbvio ganha novos contornos por conta da Kitty do título, personagem virtual com rosto de uma pessoa real que extorquia maridos infiéis.

A execução do episódio foi boa e, a personagem de Patricia, Avery Ryan ganhou minha simpatia, porém não sei o quanto disso foi por conta de seu trabalho anterior, Medium, que pelo trabalho atual. Talvez eu tenha tido um problema com a pretensa infalibilidade da personagem ou seu jeitão um tanto Horacio Crane de ser – que me dá arrepios na nuca.

Questão é que eu vou dar sim uma chance a série, curiosa pelo que podem fazer de diferente se os cenários dos crimes forem virtuais e não reais – espero que seja realmente isso e não apenas crimes em ambiente real como o desse episódio com causa virtual, se é que consegui me fazer entender.

CSI Dead In His Tracks  14x22 - despedida do brass s14e22

Dead In His Tracks foi a decepção maior da temporada. Quem é fã antigo como eu só continua aqui por conta do Nick e do Brass, vamos falar a verdade. Sim, a gente se apegou ao Russell e tem carinho por Greg, doutor Robins e Hodges, mas são os primeiros dois que nos fazem voltar e portanto merecem tratamento especial.

Deste modo eu não esperava nada menos que um episódio caprichado para a despedida do querido Brass cansado de guerra. O cara que perdeu ex-esposa e filha no meio do caminho (porque ele descobriu que não era filha) e quase se perdeu para a bebida. O cara que muitas vezes foi o único que ainda estava na batalha por alguém da equipe que estivesse em perigo.

Ao invés de um final empolgante ou apenas digno, um caso de 25 anos atrás que poderia ser melhor explorado se tornou um caso com um apanhado de mentiras de uma menina que tinha cara de culpada toda o tempo – demora pro Treat Willians ser culpado em alguma série – e a participação de Brass minúscula ao lado da filha que tantas vezes pisou na bola com ele.

Pior, justificar sua partida com um pedido dela, que matou a mulher que ele amava e quase o matou também.

Sei lá qual seria um final digno de um personagem como o dele, sempre arrancando força quando parecia não ter mais nada, mas sei que não seria o que os roteiristas nos entregaram, o que é uma pena.

Fica o gosto agridoce e de novo o questionamento: será que não está na hora de fechar as portas?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Amo CSI, de paixão, é a série, que pra mim, está junto com ER e Law & Order Criminal Intent. Diferente de você, os meus favoritos são o Nick, o Brass e o Greg, com carinho pelo Doutor e seu ajudante. Não suporto o Hodges… rss… nunca vi cara mais chato… Vai ser difícil continuar ver a série sem o Brass. Adorei saber que não sou só eu que não gosto do “seu jeitão um tanto Horacio Crane de ser – que me dá arrepios na nuca.”

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