Eu admito que há muito tempo eu não ficava tão aflita com uma perseguição em uma escada. Ou com um bandido pego em um beco e um policial desesperado por seu filho. E, certo ou não, ahhhh, eu acho que também saberia exatamente o que fazer ali. Fiquei pensando depois, fosse pelo comentário da Lindsay, fosse pelo que a esposa de Antonio falou para ele que essa certeza seja algo feminino.
“Eu trabalho para Chicago. Entendeu?”
Ou algo de pessoas que já viveram muita dor.
Wrong Side of the Bars não só manteve o nível do episódio piloto, mas trouxe muita ação e emoção e ainda deixou bem claro a que veio: você pode até não concordar com os métodos, mas é impossível não admirar Voight e sua equipe.
A despeito do erro de principiante de Ruzek, perfeitamente compensado quando ele pensa rápido e bate no ônibus, a equipe toda funciona muito bem e é admirável notar que mesmo este sendo apenas o segundo episódio você enxerga que um faria qualquer coisa pelo outro.
Foi isso que Lindsay fez ao entrar naquele ônibus: ela não podia deixar o filho de Antonio ser levado.
E do momento em que ela entrou naquele ônibus em diante foi impossível não roer algumas unhas e o coração não disparar, não é mesmo? É aquele crescente até o momento em que você vê as coisas finalmente dando certo e então a adrenalina baixa e você se emociona.
Vai me dizer que não foi assim com você? E vai me dizer que não é por isso que a gente assiste a uma série, não é mesmo?
P.S. Sim, foi impossível não pensar nos primeiros anos de Law&Order, a mesma falta de ar e a mesma torcida apaixonada pelos policiais.
P.S. do P.S. É, ao que parece estou me apaixonando…