Troquei de smartphone, e os meus contatos?

Ah, a alegria de usar vários sistemas operacionais: no escritório uma agenda no Microsoft Outlook, usando o Exchange, no iPhone sincronizar seus contatos com o iCloud, em sua conta de Gmail usar os contatos nativos do Google.

E se você passar a vida só com um tudo ia ser fácil, mas a grande realidade é que já nos acostumamos a usar mais de um ou pelo menos vamos trocar de vez em quando. Eu troquei e confesso que tive de gastar um tempinho extra com a adaptação.

Só que para tudo tem jeito, nem que não seja fácil, e problemas com contatos não devem impedir ninguém de trocar de telefone.

Contatos Pessoas no Windows PhonePara quem vive no mundo iOS de iPhones e iPads a sincronização padrão é com o serviço do iCloud, extremamente eficiente para guardar suas informações e sincronizar entre vários dispositivos da Apple, inclusive o computador, mas que não conversa com mais ninguém.

Se você ainda tem seu dispositivo iOS e vai migrar a minha sugestão é acessar, em seu aparelho: Ajustes > Mail, Contatos, Calendários e selecionar outra conta (Hotmail, Live, Google) que não a do iCloud e marcar a opção de também sincronizar contatos, mantendo a mesma opção na conta iCloud, assim você terá um backup duplo de suas informações.

Não tem mais o dispositivo? Ainda não precisamos entrar em pânico: acesse o site do iCloud e inicie a sessão com seu ID Apple. Clique em contatos e depois na Engrenagem no canto esquerdo selecionando a opção Exportar. Será solicitado uma pasta para salvar o arquivo VCard com as informações de sua agenda.

Tanto o Outlook como o Gmail são capazes de importar esse tipo de arquivo, basta selecionar esta opção dentro da pasta Contatos de um ou outro. Os contatos importados, no caso do Gmail, serão adicionados a agenda que você tem e marcados como um grupo com a data de importação, permitindo uma rápida identificação.

Com isso as pessoas que migrarem do iOS para o Android estão com a agenda arrumada, certo? Bom, para quem migrar para o Windows Phone o trabalho pode não ter acabado.

Sim, o Windows Phone permite a conexão com sua conta Google – e Facebook, e Twitter e umas redes que eu nem conheço – e você pode selecionar qual ou quais dessas contas você quer que sejam consideradas em sua agenda de contatos, que aqui chama Pessoas.

Só que Gmail e iOS permitem uma série de personalização de campos, então o telefone da casa de praia vira Praia ao invés de Residencial e o e-mail do blog vira Blog ao invés de Trabalho.

E, infelizmente, o Windows Phone não trabalha com essas personalizações e você poderá se surpreender ao dar de cara com um nome em sua agenda sem que nenhuma informação seja visualizada.

O que fazer? Sinto informar que tem jeito, mas não jeito fácil: é preciso alterar toda e qualquer personalização de campos para o padrão e, ainda, retirar símbolos que possam ter sido acrescidos aos números como parênteses e traços.

Depois disto feito é só forçar uma nova sincronização da conta e tudo passará a funcionar normalmente.

Eu levei mais ou menos três horas arrumando a minha agenda, o que foi bom já que nela existiam número de pessoas com quem não falo há 11 anos e que provavelmente nem tem mais esses números, o que significou uma boa limpada, e, outro ponto positivo, minha agenda no Gmail nunca esteve tão bonita, com colunas de nomes, e-mails, telefones e endereços certinhas. Mas cansou também, confesso.

Ainda assim não encarei isso como um ponto negativo do Windows Phone, na verdade ele me fez pensar que, se queremos ter liberdade entre os vários sistemas oferecidos hoje em dia – e não só nos telefones, mas quando usamos planilhas no Excel, Drive, CloudOn e Numbers ou quando usamos diferentes sistemas de controles de anotações e fotos -,  talvez seja melhor avaliar o quanto de personalização é realmente necessária em cada coisa que fazemos.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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