Criminal Minds: The Return (9×8)

Fico pensando no quanto a “síndrome de vítima” torna nossa sociedade tão doente. Enem estou falando de casos extremos como o deste episódio de Criminal Minds, em que um policial violento culpa o cara que denunciou seu comportamento por sua queda ao invés de repensar suas atitudes, mas daqueles casos de dia a dia, da pessoa que se faz de coitada, que não levanta a cabeça, que diz não ter tido sorte, que diz não ter tido justiça.

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Alfred Hitchcock disse: “Não há terror no trovão, apenas na sua antecipação.”

Acho que, na verdade, o policial dessa noite é apenas a extrapolação de algo que vem se tornando mais comum entre nós: nos acharmos sempre certos, sempre donos da razão e como pequenos poderes revelam o pior das pessoas.

Apesar de muito feliz na abordagem disso e de como as crianças foram torturadas até que assumissem esse personagem de soldado invencível, The Return também foi um episódio com vários furos: começando pela recorrente questão de por que raios a equipe foi chamada para um crime teoricamente simples e finalizando com um final sem clímax.

Estávamos ainda com os nervos à flor da pele pela entrada da menina na delegacia carregada com uma bomba – nem vou falar que também achei estranho que seja tão fácil uma falsa policial entrar no meio dos detetives com uma bomba amarrada no corpo – e tudo se resolve de forma muito simples. A fuga não planejada não combinava com todos o resto do plano do  ex-policial, que conseguiu manter por anos um grupo de crianças presas sem que ninguém descobrisse, mas seria pego no primeiro revés.

Se tem algo que aprendemos com Criminal Minds é que o nervosismo vai levando o criminoso a cometer erros e que essa á a principal chance de pegá-lo. Mas qual foi o grande nervosismo do ex-policial? Um dos meninos fugir? Achei pouco para desmontar de forma tão definitiva tudo que ele construiu. Na verdade eu fiquei imaginando que ele faria sua jogada final para garantir sua vingança, ao invés de fugir com um garoto em seu porta-malas.

Por mais significativa que tenha sido a cena de JJ com o menino – tão parecido com seu próprio garoto.

“Quanto maior o poder, mais perigoso é o abuso.” – Edmund Burke

P.S. Morgan recebendo de seu próprio remédio. Achei demais ele tendo que ir passear com o cachorro!

P.S. do P.S. Mesmo que a gente saiba, como Penélope bem disse, que o coração dele já tem dona.

P.S. do P.S. do P.S. Uma dona capaz de ajudar para que ele tenha um encontro de sonhos, não é verdade?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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