Almost Human: Pilot (1×1)

Não é engraçado que, em pleno século 21, a nossa referência de futuro ainda seja tão parecida com filmes e séries dos anos 70? Um colorido exagerado, montes de luminosos com cara de Tóquio e muita chuva – se você pensou em Blade Runner e Chuva Negra, saiba que eu também. Isso acontece sim em Almost Human, mas não é nada negativo, na verdade nos deixa um pouco mais confortáveis, mesmo que a série seja nova.

Almost Human: Pilot 1x1

A nova série de ficção científica, que tem JJ Abrams na ficha técnica, não tinha conquistado minha curiosidade, na verdade eu apertei o play do kit de imprensa um tanto quanto receosa, mas seu piloto foi redondinho, fechadinho, cumprindo com honras a missão de nos apresentar cenário, contexto e personagens e garantir curiosidade pelo que vem a seguir.

Na Los Angeles de 2048, John Kennex (Karl Urban bonitão) é um policial que sai de dezesseis meses de coma após uma emboscada que matou seu parceiro e em que ele pode ter visto sua namorado entre os inimigos. Ao voltar ao trabalho ele é obrigado, assim como todos os demais policiais, a aceitar um parceiro sintético, nome irritante para os andróides que dominam a paisagem. Não, ele não curte essas coisas e não demora nada nada a atirar um modelo moderno pela janela.

A capitã Sandra Maldonado (a linda Lili taylor) tira da manga, então, Dorian (Michael Ealy), uma versão mais antiga dos andróides que foi desenvolvida para ir além do raciocínio lógico e também fazer julgamentos e quase ter sentimentos. Sim, os dois se odeiam a primeira vista, mas até o final do episódio já estão se entendendo bem melhor e é impossível negar que Sandra estava bem certa de colocá-los juntos: os dois são únicos.

Claro que nada é tão simples ou tão fácil: os policiais na ativa não vem com bons olhos a volta de Kennex, ele é assombrado pelas lembranças do momento que foi atingido, do qual ele não lembra direito, Dorian é um “rejeitado” pela sociedade e existe uma conspiração que coloca um pessoal do mau atrás de policiais e em busca de algo guardado no armário – no caso andar do prédio – de evidências.

Teve ação, teve humor, você já meio que sabe de quem não vai gostar, para quem você vai torcer e tem uma série de clichês que a gente já viu antes.

Mas sabem que eu gostei bem de tudo que vi?

P.S. Medo de me apegar a uma série que os americanos rejeitem. Quem nunca?

P.S. do P.S. Mesmo no futuro a intimidação do policial mau ainda funciona, vejam vocês.

P.S. do P.S. do P.S. Também deu pra lembrar de Minority Report e Robocop. As referências foram muitas, mesmo, todas bem colocadas e na medida para conquistar quem já é apaixonado por sci-fi e anda em uma carência louca por algo realmente bom.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Lembrei bastante de Minority Report mesmo. Ainda não sei se vou me apegar à série, mas continuo vendo. Se a coisa for pro lado dos relacionamentos “humanos”, provavelmente vai me ganhar. Achei o piloto fraco, pra dizer a verdade, mas os episódios seguintes foram melhores. Piloto é sempre um problema.

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  2. pra mim eu vi muito de Eu Robô na série, amei a cena no carro com os diálogos entre o Dorian e o John, já desde já fazendo figa para a audiência ficar boa pois já me apeguei a série

    eu quero mais de Karl Urban na minha tela e não quero o Michael Ealy num terceiro fracasso (Commom Law, Flashforward)

    e como não amar uma trilha sonora que trás Depeche Mode <3

    assisti 2 vezes e fiquei admirada com a produção futurística da cidade

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