Criminal Minds: The Inspired (9×02)

Reviravoltas são interessantes em roteiros de suspense, mas confesso que em determinado momento deste episódio de Criminal Minds eu já não sabia mais qual era o irmão maluco, como ele se chamava e qual afinal tinha sido dado para adoção. Não que isso fosse realmente fazer diferença, já que a família toda era de dar arrepios.

Criminal Minds: The Inspired (9x02)

E a pior de todos era a mãe, que nos pareceu tão preocupada e inocente no primeiro episódio, não é mesmo? Dessa vez eu não consegui pegar o que quer que o Hotch tenha pego naquela entrevista para que ele soubesse muito antes que nós o problema.

“Não somos os guardiões dos nossos irmãos de inúmeras maneiras e pequenas formas, somos os criadores deles.” – Bonaro Overstreet

Por este motivo a primeira citação do episódio me pareceu um pouco desencontrada: por mais que um tenha inspirado o outro a matar – não exijam que eu acerte os nomes a esta altura, por favor – não foi um que causou mau ao outro. Na verdade, mesmo que os motivos da mãe tivessem sido outros para abandonar um de seus filhos e escolher o outro, eu não acho que ninguém seria realmente responsável, ninguém teria tornado-os o que já eram, ainda que os instintos se mantivessem adormecidos.

Ou vocês acham que o irmão certinho, aquele que teve uma vida boa, que descobriu uma profissão e que era tão absurdamente doce teria sido assim a vida toda? Algumas vezes eu tenho mais medo dessa doçura desmedida do que da maldade revelada. Medo do que ela estaria escondendo.

Talvez justamente pela impossibilidade de impedir que isso acontecesse – no primeiro caso acho que até poderia, uma mãe amorosa que soubesse dos riscos em função da doença do pai teria ficado mais atenta, poderia ter tido outros cuidados; já a família adotiva jamais poderia enxergar qualquer problema – o episódio tenha conseguido nos deixar tão “mexidos”, tão perturbados pelos acontecimentos.

Um episódio duplo que soube iniciar a temporada e que, do outro lado, nos enche de expectativas pelo que virá em seguida.

“Eles te bagunçam, seu pai e sua mão. Eles podem não querer fazê-lo, mas eles o fazem. Eles o enchem com os erros que eles fizeram. E adicionam um pouco mais, somente para você.” – Philip Larkin

É, e essa segunda citação se encaixa bem demais nesta história, e em tantas outras.

P.S. Hotch chamando o pai para confirmar qual era o filho sobrevivente: ele é O cara!

P.S. do P.S. Que bom que retiraram a oferta para ele, de um lado se ele dissesse não poderia ter pego mal, se ele dissesse sim ficaríamos chateados, nós e o pessoal da equipe.

P.S. do P.S. do P.S. BAU nos trending topics do Twitter”!

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. acabei de assistir no AXN e sofri da mesma pertubação, não sabia quem era quem e o que cada um tinha feito ou iria fazer, tudo muito CREEPY

    até achei que foi um episódio de halloween heheheheheheh

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  2. Episódio creep demais, desde o anterior que aparece o delírio do Wallace até no teto, e nesse episódio saindo louva-deus da boca, credo kkkk Mas muito bom.
    Eu acho que a mãe não poderia ter feito muita coisa pra evitar, o Reid falou que raramente pessoas esquizofrênicas como o pai desenvolvem pra psicopatia ou algo assim. Acho que o problema dos filhos era a mãe mesmo, bem louca, que mãe em algum momento da vida incentiva um filho a matar o outro? Eu queria que tivessem frisado isso pra ela no final, que ela tentou manipular eles pra ficar com o filho bonzinho, mas no final das contas ambos tinham problema.

    Bom começo de temporada, quero que a mulher que esqueci o nome saia logo, ela não tem graça rs.

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