Tatuagem nova. Sim, dói, mas nem tanto

Fazer ou não fazer tatuagem? É bom mesmo pensar várias vezes antes de tentar, afinal é algo para o resto da vida – se quiser tirá-la você gastará tempo e muito dinheiro e não ficará perfeito -, mas se você quer mesmo eu digo: olhar para as minhas, cuidadosamente escolhidas, me faz feliz todos os dias. Assim como adoro flagar algum olhar pego por elas, que a pessoa não consegue desviar, sabem?

Imagine que a tatuagem é isso mesmo: um acessório que você não irá mais tirar, que precisará combinar com todas as suas roupas e humores. E que dirá muito sobre quem você é – então esteja seguro disso.

tattoo tatuagem smiletic

in love com minha nova tatuagem, que foi pensada por um bom tempinho e só então desenhada e depois tatuada. E eu nem sei dizer o quanto de significados eu coloquei nela, nesse coração costurado a mão que marca a nova fase da minha vida iniciada há pouco mais de um ano.

Só que essa é mais aparente que a primeira, todo mundo vê e como é colorida deve chamar mais atenção, resultando na pergunta aí do título: dói?

Dói. Nada exagerado, perfeitamente suportável – não estou falando de fazer uma águia que cubra as costas. É mais um incômodo que uma dor e você faz umas caretas ao longo do processo, que no caso dessa durou uns 30 minutos.

Normalmente o medo é o que mais segura as pessoas quando elas pensam sem fazer sua tatuagem e eu acho que se a gente tem medo tem mais é que esperar mesmo antes de fazer. Não é um processo que precise de pressa: você vai saber que é a hora certa. E nem vou te falar para esperar a idade certa: não tem. Mas vale esperar ser um pouco mais velho que um jovem recém saído da adolescência para não ter perigo de você carregar consigo algo que nada mais represente pra você.

Do outro lado, tatuagens feitas em diferentes fases da vida podem lhe lembrar de como você chegou até onde está hoje, o que aconteceu antes de você ser essa pessoa que você é hoje.

O que a gente não pode esquecer é que tatuagem é uma ferida. Uma ferida superficial feita pela agulha da máquina que insere numa camada intermediária da pele a tinta escolhida. E a tinta é algo que antes não estava ali, que seu corpo não reconhece e que ele fica louco para colocar para fora. Então é claro que após fazer sua tatuagem é preciso tomar muito cuidado com a cicatrização, para que ela não fique manchada ou falhada.

Cada tatuador tem um jeito de te orientar quanto a isso, mas algumas regrinhas são básicas: usar um filme no início do processo de cicatrização, para proteger a tatuagem de encostar em roupas e outros e porque no início o corpo irá liberar não somente tinta, mas um pouquinho de sangue. Depois disso é preciso ter atenção com a limpeza do local, feita somente com água ou com um sabonete neutro, e usar uma pomada cicatrizante e hidratante de boa qualidade e em pouca quantidade.

Cuidado com água do chuveiro muito quente, com a exposição da tatuagem a bactérias. A cicatrização completa só acontecerá por volta de dois meses depois da execução, quando a pele cobrirá totalmente o local novamente, mas os primeiros 15 dias são os que exigem mais cuidado.

Um texto muito bom sobre o que fazer e o que não fazer após a tatuagem é esse aqui. Eu o encontrei porque a cicatrização desta foi diferente da minha primeira tatuagem, acredito que não somente por eu ter usado tinta colorida – a agulha preta praticamente não soltou tinta, já a parte vermelha soltou bastante e ficou mais “altinha” – mas também por conta do local, “mais gordinho”, e eu fiquei morrendo de medo de algo dar errado.

Também por isso resolvi falar disso aqui: imagino que eu não seja a primeira a ficar olhando sua tatuagem e pensando se está tudo bem e querendo entender melhor o que acontece nessa fase.

P.S. Vale ter muito cuidado também ao escolher o profissional que fará sua tatuagem. Pegue indicações, visite o local, converse com ele, veja seu trabalho.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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