Uma cã de companhia, um ano depois

20130713-131202.jpgGente, o tempo passa rápido.O tempo voa mesmo: parece que foi ontem que trouxemos para casa um pacotinho preto e curioso que cabia direitinho no meu colo e que já mostrava ter muita energia para gastar, mas já faz um ano.

Já faz um ano que a agora moça de quase 10 quilos e que mal cabe no meu colo, quanto mais no da irmã, chegou dando trabalho e mudou a rotina de todo mundo.

Sua melhor amiga felina é a Jujuba, mas não por gosto desta, mas porque ela é a minha gata e sempre me seguiu pela casa e agora precisa aguentar a companhia canina, isso quando a cã não está em cima dela.

Se a Mussarela continua não gostando, os episódios de estresse diminuíram bastante. Já o Provolone é o que mais aguenta as brincadeiras desajeitadas. Todos os três, no entanto, não escondem o alívio proporcionado pelos passeios da cã ou quando viajamos e eles tem uns dias de paz.

A Carol já há muito não limpa o xixi e o coco, a não ser que esteja muito inspirada, e em troca de liberdade aceitou o fato de que a cã é minha, afinal mãe cuida enquanto irmã brinca. Tenho que reconhecer que minha filha puxou o uso da lógica para resolver problemas de mim e deixar isso pra lá.

Até porque a Tequila é mesmo minha companheira. Neste momento mesmo está deitada aos meus pés enquanto escrevo esse texto. Nas viagens de carro, presa por seu cinto de segurança no banco traseiro, ela se apóia no braço entre os bancos da frente e coloca sua cabeça em meu ombro, com direito a uma lambida vez ou outra.

Comigo vai a loja de aviamentos, ao pet shop, ao mercado, ao banco e a lotérica. Naqueles locais em que não pode entrar, chora na porta como se tivesse sido abandonada e festeja meu retorno como se eu tivesse passado dois dias fora.

Anda anda e anda pelas subidas e descidas da Pompéia até ficar de língua de fora, voltar e deitar de barriga no chão para ver se esfria mais rápido. Pelo caminho mostra a barriga para qualquer cão ou humano que lhe der bola, com especial preferência pelos humanos crianças que ela ama. Um vizinho, outro dia, falou que ela tem cara de feliz, outro ri do fato dela absolutamente ir com qualquer um e a chama de dada. A Carol diz que ela parece um pouco comigo.

Diminuiu o número de sapatos destruídos, mas ainda gosta de encontrar uma Croc fora do lugar. Ah, bichos de pelúcia também fazem seu gosto.  Mas não é mais nossa filhote, já é moça mais comportada, ainda que com o mesmo charme. Moça que curte mesmo brincar com os amigos, mas faz companhia na cama nessas manhãs frias de inverno e de férias.

E eu, que era a moça dos gatos, sou a moça da cã também agora.

P.S. Logo eu, que sempre achei estranho essas raças de cachorros que são bem babões acabei que fiquei com a dashchund mais babona que já vi, basta esquentar e ela dá banho em muito buldogue por aí.

P.S. do P.S. Para quem perguntou: Tequila veio do Amigos de São Francisco, ONG aqui de Sampa que cuida de cãezinhos.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta