Meme de Dezembro – Chocolate: Brigadeiro

Eu não vivo sem chocolate – sem queijo, batata e vinho também, mas mais sem chocolate – e sem sombra de dúvida eu o escolheria se só pudesse escolher um doce pra comer pelo resto da vida. Pra ser exata eu ia escolher o brigadeiro.

Brigadeiro é o doce que rola em casa toda semana, o que pode variar é o tamanho e, se eu resolvo inventar, o sabor final – tem vez que eu faço com menta, tem vez que é com cacau 100%, tem vez que eu invento de colocar bebida.

Dizem que prática leva a perfeição, então, sem modéstia, eu digo a vocês: meu brigadeiro é de comer ajoelhado.

E, quando eu faço, sempre tem alguém que pergunta: mas qual o segredo? O que você usa?

Pois brigadeiro é que nem boa amizade: precisa de ingredientes de primeira e um tanto de paciência.

1 lata de leite condensado (sim, o mais caro é o melhor mesmo), 3 colheres de chocolate (no mínimo o do Padre, nada de achocolatado) e 1 colher de manteiga (não vale margarina (ai meu Deus!) e precisa também ser de boa qualidade, eu já arrisquei umas francesas que encareceram o produto, mas também deram ótimo resultado)

Mexa tudo na panela pequena, de fundo grosso, só então leve ao fogo. O fogo bem baixo, baixinho mesmo, e mexa sem parar até atingir o ponto. Que ponto? Quando ele fica grosso e começa a soltar da panela a cada rodada, deixando que você veja o fundo da panela.

Jogue o resultado em um prato fundo untado com bastante manteiga para que ele pare de cozinhar. Deixe lá esfriando bem – se resistir – e só depois enrole. Para enrolar separe raspas de chocolate ou chocolate granulado (lembre: de boa qualidade, eu uso o Callebaut, belga), passe manteiga nas mãos e faça as maravilhosas bolinhas.

Essa parte dos ingredientes de ótima qualidade tem a ver com generosidade, não ter medo de dar mais, se dar mais, para ter algo realmente melhor depois.

Todo processo, seja no fogo, seja esfriar, seja enrolar, precisa de paciência, amor mesmo, para nada desandar, se não ele fica duro, não gruda no granulado, ou fica mole e não vira bolinha direito.

Só tem perdão quando é brigadeiro de TPM ou tristeza sentida – daquela que faz com que a gente chore escondida.

Nesse caso, misture tudo na panela e mexa no fogo médio até que ela mude de cor – é mágico ver quando a mistura vira brigadeiro, aquele marrom escuro e brilhante toma conta e o cheiro toma a cozinha – e retire quando sua paciência acabar. Se não quiser colocar num prato, passe um pano bem grosso em volta da panela, sente no lugar favorito no sofá e coloque um filme água com açúcar no DVD.

Se você for generoso e tiver paciência, você ganha algo indescritível.

Não falei que era como nem grandes amizades?

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Este post faz parte do Meme de Dezembro, uma iniciativa das interneteiras do LuluzinhaCamp, que tem como única intenção, a diversão. Porque somos blogueiras e adoramos blogar, simples assim. Se você tem blog, corre para participar, clique aqui e saiba mais.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

10 Comentários


  1. Hum, delícia, menina! Acho que o problema é minha mão, pois nunca fica bom. Aqui em casa, quem faz o brigadeiro é minha filha. Dos deuses.
    beijos achocolatados, menina 🙂

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  2. se tem uma coisa que seu post fez comigo foi me deixar com desejo de comer o seu brigadeiro!! ehehe 😛

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  3. Si, realmente o seu brigadeiro é de comer ajoelhada, sem margem de dúvida. E algo em comum com vc, se tivesse que escolher um único doce para comer o resto da minha vida seria brigadeiro. E já que o mundo vai acabar dia 21 quem sabe eu como o seu brigadeiro na panela antes disso.

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    1. Ai Lis, tô te devendo brigadeiro e uma corujinha pra Soso! Não sei se antes do fim do mundo, mas vou tentar pelo menos antes do Natal!

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  4. Comi todos os brigadeiros com os olhos e aticei a imaginação prá sentir o perfume e o gosto do chocolate!hmmmmm!Delícia!

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