Touch: Safety in Numbers (01×03)

“Nós nos reconhecemos nos outros e somos programados para ter compaixão, para o heroísmo… para o amor. E é isso que nos faz ser mais fortes, mais rápidos e mais inteligentes. Por isso sobrevivemos. Por isso queremos sobreviver.”

As citações de Jake em cada episódio guardam entre si um padrão – no início do episódio citam um exemplo da natureza para a ligação entre seres, no final fala de como nós seres humanos funcionamos quanto a mesma ligação – e nelas habita aquele lado de bom coração, de humanidade que citei no episódio passado e que é o que mais me atrai na série. E este terceiro episódio não foi exceção.

Do outro lado, esse foi o episódio mais fraco até aqui: uma trama principal muito boa, mas cuja ligação com Jake me pareceu muito absurda (sério, com apenas 4 números como Martin poderia ter qualquer certeza de qual caso ele teria de resolver,. da onde ir, o que procurar?), e tramas paralelas pouco interessantes.

Claro que meu lado Pollyanna gostou da menina do vestido vermelho e o dançarino derrotado por um menino de 10 anos se encontrando ao final, mas ao longo do episódio os dois não despertarem curiosidade maior por seus destinos.

E, sim, a história da moça na África que arrisca sua vida para salvar sua amiga foi bonita, mas sua única conexão com Jake e a história central foram os tais 4 números que, de tão comuns, poderiam ligar a vida de todos no mundo a qualquer momento, não existindo causa e consequência entre o que acontecia com ela e o que acontecia com o tal Príncipe Invisível, por exemplo.

Temos também a assistente social, que me irritou muito com toda essa coisa do “estado é poderoso” e coisa e tal, que descobrimos ter uma mãe desaparecida. Eu ia achar muito mais legal se a tal moça atropelada, que Martin tentou salvar, fosse realmente a mãe dela, e vocês? Ah, diga-se: a única ligação com as demais tramas é porque Martin tentou salvá-la, é isso?

Aqui, com exceção feita para um número que não tinha nada de diferente e o grito de Jake, não houve uma conexão real, palpável, uma relação entre as histórias paralelas, nada de formigas que se unem para não morrerem afogadas.

P.S. Ué, o celular não estava no Oriente Médio? Como é que ele voltou pras duas japinhas? Ou não era o mesmo celular? Deu nó.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Eu amo a série, nem reparo nas lógicas (não vou entender mesmo) heheheh.

    Tenho a sensação de que será cancelada, pois a mocinha é sem sal e falta mais sei lá o quê.

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    1. Eu também estou adorando, mas também acho que será cancelada. Não acho que seja pela mocinha não, mas tem algo faltando pra “dar liga”.

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  2. O cancelamento por causa da mocinha é por minha conta, não gosto dela. Falta a tal liga, realmete!

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