Cada gesto conta, mas mudar hábitos não é tarefa fácil

Eu vou muito ao Shopping Villa Lobos, além de ser perto de casa eu gosto de seu desenho, de corredores largos, nunca cheio demais, frequentado basicamente por famílias,e ainda tem Livraria Cultura, que a família adora.

Ao longo do mês de Julho nos acostumamos com os vários banners e recados de alto-falante informando que a partir de 01 de Agosto as sacolas plásticas estariam abolidas e que seriam oferecidas opções pagas, a partir de R$ 2,50, ou gratuitas, possível através da disponibilização de uma caixa aonde qualquer pessoa pode deixar sua sacola usada para ser usada por outra pessoa. Eu, que já dizia não para a sacola plástica por carregar comigo uma retornável perfeita para a bolsa, dobrável e pequenininha, achei a ideia super válida e até divulguei no Instagram e Twitter.

A partir de 01 de agosto a loja encampou mesmo o projeto e era comum ver gente andando pelo shopping carregando seus livros nas mãos. Acostumei tanto que um dia fui na loja da Avenida Paulista e estranhei o fato de que lá as sacolas continuavam sendo usadas.

Pois o que era bom acabou: depois de algum protesto por parte de frequentadores, a Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos voltou a adotar as sacolas plásticas.

E eu não vou falar mal de quem protestou: se eu não tivesse essa sacola de que falei, cujo tamanho permite que eu a carregue aonde for sem fazer volume na bolsa, era provável que de vez em quando ficasse meio emburrada de não ter uma sacola plástica disponível – meu marido diz que eu ia acabar comprando uma a cada visita, já que fiz muito isso em mercados no passado :P.

Só não reclamei porque carregar a tal sacola virou hábito em algum momento e hoje é automático. Só que para virar hábito leva tempo.

A batalha da sustentabilidade se dá nas mais diversas frentes e algumas vezes significa mudanças tecnológicas, mas na maior parte delas é questão de mudança de hábito e o que era pra ser simples, complica. É a necessidade de mudar, de aceitar que a gente precisa fazer de um jeito diferente, de aceitar que um pequeno gesto pode sim fazer diferença.

Algumas vezes não é fácil, mas é preciso praticar diariamente. Pense nisso: se você fechar a torneira ao escovar os dentes são 12 litros de água economizados. Mas e se todos os moradores do seu prédio fizessem o mesmo? Humm, no meu são 16 andares, 62 apartamento, 3 pessoas por apartamento, 186  pessoas, vezes os mesmos 12 litros são, olha a surpresa, 2.232 litros de água que não foram pelo ralo!

Um pequeno gesto, simples assim, fazendo toda essa diferença. Ah, e é só uma mudança de hábito, nem exige lá muito esforço da gente né?

Vale pensar, vale mudar.

*******************************************

A campanha Cada Gesto Conta da Unilever também oferece dicas de sustentabilidade: Basta você enviar pelo twitter o código da embalagem de produtos Unilever (aquele que começa com o CDG e fica logo abaixo da validade) com a hashtag #cadagestoconta e você recebe de volta uma dica de sustentabilidade. Já tentou?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Acredito que essas mudanças de hábitos só serão possíveis, quando o suposto cidadão sentir prejuízo em seu bolso.

    No meu antigo apartamento, o prédio tinha 40 anos, muito bem conservado, graças a boa atuação do nosso síndico. Nunca se qustionou o consumo de água, pois sempre esteve dentro da média pessoal.

    No novo apartamento, moderno, com um clube e famílias recentes, o consumo aumenta mês a mês. Talvez a maioria nunca morou num condomínio e o fato do consumo de água ser rateado pelo condomínio, faz muitas dessas famílias sentirem o prazer em levar alguma vantagem.

    Ele tem entradas de água individuais para cada apartamento e quando a contra passar a vir individualmente, tenho certeza que economizarão.

    Suecos não cometem infrações de trânsito, porque a multa faz famílias privilegiadas ficarem um mês sem carne, somente para pagar a multa.

    Uma conhecida no Japão, sabe que os lixos devem ser separados e colocados para a retirada no dia e hora marcada. Como sempre gosteou d elevar vantagem, achou que ninguém a viria jogar o lixo no seu horário mais conveniente.

    A prefeitura fez uma investigação do conteúdo do lixo, a descobriu, teve que pagar uma multa altíssima e ainda respondeu a um processo.

    Quem sabe um dia, todos a população seja cidadã

    Responder

  2. Simone, digitei o comentário anterior do celular, há muitos erros de digitação

    abs

    Responder

Deixe uma resposta